A direita vem liderando as pesquisas de intenções de votos na Bolívia, com Samuel Medina (Alianza Unidad) e Jorge “Tuto” Quiroga (Alianza Libertad Y Democracia) nos primeiros lugares. Somados, os dois candidatos da direita teriam cerca de 47% dos votos, afirma pesquisa do jornal El Deber, publicada no domingo (3).
Para ganhar no primeiro turno, o candidato precisa de 50% dos votos mais um, ou 40% dos votos e uma distância de 10 pontos percentuais do segundo candidato. Caso as pesquisas se confirmem, haverá um segundo turno inédito na Bolívia, marcado para 19 de outubro.
Cenário Político e Candidatos da Bolívia
Samuel Medina, que tem aparecido à frente nas pesquisas, é um mega empresário boliviano que já foi candidato à presidência duas vezes, ficando em segundo lugar no pleito de 2014.
Ele ainda foi ministro de Estado nos anos 1990, responsável por uma das primeiras ondas de privatização na Bolívia, tendo iniciado a vida política em organizações de centro-esquerda até a centro-direita.
‘Tuto’ Quiroga é outro político tradicional da direita boliviana. Ele foi ministro da Fazenda em 1992 e eleito vice-presidente da Bolívia em 1997. Em 2005 ficou em 2º lugar, perdendo para o Evo. Quiroga, no entanto, chegou à presidência do país em 2001-2002 após a renúncia, por problemas de saúde, do presidente Hugo Banzer.
Além de presidente e vice, o país elege 130 deputados e 36 senadores. Com cerca de 12 milhões de pessoas, a nação andina faz fronteira com Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Crise no MAS e Impacto nas Eleições
O racha no Movimento ao Socialismo (MAS) – partido que lidera o país desde 2006 – pode consolidar o fim do ciclo de governos de esquerda no país sul-americano que já dura 19 anos.
Impedido de se candidatar pela Justiça eleitoral por já ter governado o país por três mandatos, Evo Morales passou a defender o voto nulo e atacar antigos aliados, denunciando que sofre perseguição política enquanto responde por acusação de estupro de uma menor de idade, o que ele nega.
Em junho deste ano, bloqueios de rodovias a favor da candidatura de Evo paralisaram parte do país por 15 dias.
Fonte: Agência Brasil