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CPI realiza audiência em Caxias do Sul para apurar aumentos abusivos nas contas de luz

Deputados vão ouvir moradores e lideranças da Serra sobre aumentos abusivos nas contas de luz e falhas no serviço da RGE. Ato será na Câmara de Vereadores, às 18h desta quarta (22)

Foto: RGE/Divulgação
Foto: RGE/Divulgação

Caxias do Sul - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga os problemas no fornecimento de energia elétrica pelas concessionárias CEEE Equatorial e RGE realiza, nesta quarta-feira (22), às 18h, uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. O encontro faz parte do cronograma de oitivas regionais e será dedicado à região da Serra Gaúcha, onde consumidores relatam tarifas exorbitantes e falhas constantes no serviço.

Presidida pelo deputado estadual Miguel Rossetto (PT), a CPI pretende ouvir a população, autoridades locais e representantes setoriais para diagnosticar as falhas e propor soluções. Na região atendida pela RGE, o aumento expressivo das tarifas provocou mais de mil reclamações ao Procon de Caxias do Sul desde junho, levando o órgão a pedir providências ao Ministério Público.

Aumento nas tarifas e reclamações

Moradores relatam acréscimos superiores a 2.000% nas faturas. Em audiência anterior, foram apresentados casos de contas residenciais que saltaram de R$ 190 para R$ 1.100 e de R$ 130 para R$ 700. Em um comércio do bairro Ana Rech, a despesa de energia subiu de R$ 2 mil para R$ 24 mil.

“As audiências regionais têm sido um espaço para ouvir de perto as comunidades que mais sofrem com as falhas do serviço, como falta de luz recorrente, instabilidade da rede e demora no atendimento. No caso da Serra, queremos entender o aumento abusivo e repentino das contas de luz”, afirmou Rossetto.

Além de Caxias, a CPI já realizou audiências em Porto Alegre, Osório e Rio Grande. Depois da Serra, os próximos encontros estão marcados para Novo Hamburgo, Erechim e Santana do Livramento.

Próximos Passos da CPI

O colegiado é formado por 12 deputados titulares e 11 suplentes e tem 120 dias para concluir os trabalhos, prazo que pode ser prorrogado por mais 60 dias. A expectativa é que o relatório final traga propostas de regulação, fiscalização e responsabilização das concessionárias, além de encaminhamentos para os órgãos de controle.