O mapa “geopolítico” de Bento Gonçalves só será plenamente conhecido a partir de segunda-feira quando o Tribunal Regional Eleitoral disponibilizará as listas de filiados nos partidos. Mesmo assim, algumas alterações na composição partidária e nas bancadas da Câmara de Vereadores já são conhecidas. O Leouve apurou algumas mudanças e também alguns secretários que se esperava fossem se desincompatibilizar para concorrer em outubro próximo mas não o fizeram. Confira abaixo o que muda e também o que não muda.
NA CÂMARA
Seis vereadores titulares mudaram de partido na Câmara, mas as configurações dos partidos sofreram menos alterações do que se poderia esperar já que alguns partidos perderam componentes mas agregaram outros. Neste sentido o PDT foi quem mais perdeu. Com a saída de Jocelito Tonietto, apenas José Antônio Gava representará o partido. Já o PSDB perdeu Moisés Scussel, mas obteve o ingresso de Jocelito Tonietto e de Sidinei da Silva. Paulo Roberto Cavalli, o Paco, que era assediado, acabou permanecendo no PTB, que ainda recebeu o ingresso de Neri Mazzochin. E o PP, que perdeu Mazzochin teve o ingresso de Valdemir Marini, egresso do PTB além do suplente e até semana passada líder de Governo, Anderson Zanella.
O Dem perdeu seu único representante, Gustavo Sperotto;Ele foi apoiar Paulo Caleffi, no PSD, que havia perdido Zanella.
Mudaram de partido na Câmara os vereadores
Jocelito Tonietto, deixa o PDT e ingressa no PSDB
Sidinei da Silva deixa o PPS e ingressa no PSDB
Valdemir Marini deixa o PTB e ingressa no PP
Gustavo Sperotto deixa o DEM e ingressa no PSD
Neri Mazzochin deixa o DEM e ingressa no PRB
Moisés Scussel deixa o PSDB e ingressa no PRB
Não mudam de partido os vereadores
Agostinho Petrolli, Idasir dos Santos e Leocir Lerin (MDB)
Rafael Pasqualotto, Eduardo Viríssimo, Amarildo Lucatelli e Volnei Christoffoli (PP)
Marcos Barbosa (PRB)
José Gava (PDT)
Gilmar Pessutto (PSDB)
Paulo Roberto Cavalli (PTB)
O ex-vereador Moacir Camerini deixou o PDT e ingressou no PSB
O suplente Anderson Zanella que havia deixado o PSD está retornando ao PP.
NA PREFEITURA
O dia de ontem também marcou o prazo final para os secretários municipais que desejam concorrer à Câmara se desincompatibilizarem. Os secretários de Obras, Amarildo Lucatelli e de Ação Social e Cidadania Eduardo Viríssimo já haviam voltado para seus assentos na Câmara em substituição a Edson Biasi e Anderson Zanella, respectivamente. Ontem deram claro sinal de que devem concorrer o titular da Secretaria de Mobilidade Urbana, Gilberto Rosa, o suplente de vereador pelo PP e chefe da Guarda Municipal, Thiago Fabris, o suplente de vereador Delarci Martins de Lima (Cascão).
Por outro lado, quem não se desincompatibilizou, ao contrário do que se esperava, foram os secretários do PSDB, Evandro Mannes Soares (Cultura), Dorval Brandelli (Agricultura), Heitor Tartaro (adjunto de Finanças) e Diogo Segabinazzi Siqueira (Saúde). Também com bom potencial eleitora a secretária de Educação, Iraci Vasques Luchese permanece à frente da pasta. Já o titular do Meio Ambiente, Claudiomiro Dias não saiu mas trocou de partido. Sai do PPS e vai para o PSDB.
NOVO PRAZO, SURPRESA E ESPECULAÇÕES
O Secretário de Desenvolvimento Econômico Sílvio Bertolini Pasin surpreendeu ao deixar o cargo e ingressar num partido até então inexpressivo na região, o PRTB. E quem finalmente entregou sua ficha de filiação pouco antes do prazo se esgotar foi o advogado César Gabardo. Ele havia deixado o MDB no ano passado e agora está no PDT, onde pode compor chapa majoritária com algum outro partido.
Moisés Scussel, que não pretende mais se reeleger vereador, buscou espaço no PRB, partido do vereador Marcos Barbosa e do ex-presidente do Legislativo Valdecir Rubbo e do ex-vereador Raquete. Ele é carta na manga para compor uma chapa majoritária, especialmente aquela que deve ter à frente Paulo Caleffi (PSD).
Por outro lado, quem pensa que a partida chegou ao fim deve estar atento a um prazo importante: quem ocupa cargo de secretário ou de ordenação de despesas só precisa se desincompatibilizar quatro meses antes da eleição desde que para concorrer ao cargo de Prefeito ou de vice-prefeito. É o caso por exemplo, de Diogo Siqueira, que hoje está em meio à coordenação da crise na saúde pública. Ele se torna alternativa caso o preferido do prefeito Guilherme Pasin, Aido Bertuol resolva não concorrer até lá.
Foto: Assessoria da Câmara