O repasse de R$ 1,3 milhão, para viabilizar a 4ª Festa das Colheitas, foi aprovado por maioria (16 X 2), na sessão ordinária desta quinta-feira (27). Assinado pelo Executivo, o projeto de lei 33/2025 busca atender despesas da festividade, prevista para acontecer de 7 a 23 de março, no Centro de Eventos do Parque Mário Bernardino Ramos.
Entre outros pontos, a matéria aponta que o evento é multicultural e comemora a safra hortifrutigranjeira de Caxias do Sul, setor no qual a cidade é a maior produtora gaúcha. O projeto da festa foi pensado para acomodar mais de 600 pessoas sentadas na área de gastronomia, com o foco nos produtos locais, contando com a tradicional polenta brustolada, com o queijo e o salame, além de grostoli, pães, torradas, pizzas, crepes e outros pratos.
O Executivo prevê passe livre no transporte público, em um dos domingos da festa. As crianças do Ensino Fundamental da rede pública municipal receberão um ticket para o parque de diversões. Espera impacto econômico, sobretudo a partir da gastronomia e da rede hoteleira.
Debate em plenário
Mesmo aprovado, o projeto de lei 33/2025 gerou extenso debate prévio. O principal fator de crítica residiu no fato de a matéria ter chegado no Legislativo a poucos dias da realização da 4ª Festa das Colheitas. Com essa justificativa e com a de que deveria haver maior detalhamento sobre como será aplicado o valor de R$ 1,3 milhão, o vereador Capitão Ramon (PL) solicitou adiamento de 6 dias na discussão. O pedido, no entanto, terminou rejeitado por 11 X 7.
O debate motivou a vinda do secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Velocino Uez. Em plenário, ele ficou à disposição para esclarecimentos. Ao mesmo tempo, as lideranças de governo na Casa, vereadores Daniel Santos (REPUBLICANOS) (líder) e Wagner Petrini (PSB) (vice-líder), atentavam para os méritos da proposta, em favor da agricultura e da cadeia econômica local.
O Financiarte, projeto do município para financiar a cultura, também ganhou atenção. As vereadoras Andressa Marques (PCdoB) e Estela Balardin (PT) consideraram insuficiente a rubrica atual, na ordem de R$ 800 mil, pelo orçamento vigente. Para explicar o voto contrário, a vereadora Daiane Mello (PL) afirmou que, da quantia de R$ 1,8 milhão, que seria disponibilizada pela Lei Rouanet (federal), a Prefeitura só teria conseguido captar R$ 200 mil.