LEVANTAMENTO

RS inicia maior mapeamento aéreo da história com tecnologia inédita

Aeronaves do Governo Federal captam dados de alta precisão para obras contra enchentes, com investimento de R$ 46 milhões e prazo de até 16 meses

Inspeção técnica marca o início do processo de mapeamento aéreo do RS (Foto: Júnior Rosa/MIDR)
Inspeção técnica marca o início do processo de mapeamento aéreo do RS (Foto: Júnior Rosa/MIDR)

Rio Grande do Sul - As aeronaves contratadas pelo Governo Federal iniciam, nesta terça-feira (12), o maior mapeamento aéreo já realizado no Rio Grande do Sul. A operação, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), utilizará pela primeira vez no Brasil tecnologia capaz de captar oito pontos por metro quadrado, produzindo imagens e dados de alta precisão para orientar obras de prevenção e reconstrução no estado.

O projeto, com investimento de R$ 46 milhões e prazo de conclusão estimado entre 14 e 16 meses, vai gerar modelos digitais de terreno e superfície, além de ortoimagens corrigidas geometricamente para eliminar distorções. Essas informações serão fundamentais para estudos hidrológicos e para a execução de ações estruturantes de combate definitivo a enchentes. Os voos serão realizados durante o dia, aproveitando ao máximo a iluminação solar para fotografias e mapeamento a laser.

Visita Técnica e Planejamento

Nesta segunda-feira (11), representantes do MIDR visitaram as aeronaves e equipamentos no Aeroclube Belém Novo, em Porto Alegre. O diretor do Departamento de Projetos Estratégicos da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, Bruno Cravo, destacou que o levantamento integra o conjunto de ações de reconstrução e prevenção do governo federal.

“É um trabalho técnico, mas com impacto direto na vida das pessoas, porque significa planejar um Rio Grande do Sul mais seguro”, afirmou.

O secretário de Apoio à Reconstrução do RS, Maneco Hassen, reforçou que o mapeamento será essencial para embasar estudos e planejar medidas de combate definitivo a cheias.

“Essa é uma ação pós-atendimento emergencial, que vai garantir, no futuro, mais segurança para o povo gaúcho”, afirmou.

Execução e Alcance do Projeto

O trabalho será executado pelo consórcio liderado pela Saibrasil, com participação das empresas Aerossat e Fototerra, que somam mais de 70 anos de experiência em aerolevantamento. Segundo o coordenador do projeto, Roberto Ruy, serão mapeados 167 mil quilômetros quadrados. Três aeronaves partindo de Porto Alegre, Santa Maria e Garibaldi realizarão os voos, seguindo as condições meteorológicas.