Emoção. Essa é a palavra que define o sentimento dos caminhoneiros que estão há quatros dias protestando contra o preço dos combustíveis e as taxas tributárias sobre diesel e gasolina. O grupo que está a mais de 36 horas na entrada de Forqueta, entre Caxias e Farroupilha, teve uma grata surpresa nesta quinta-feira, dia 24.
Uma professora da escola 19 de abril, do Distrito Industrial de Caxias, Kitcheling Margot Gervasoni, entregou aos trabalhadores uma série de cartas e desenhos feitos por crianças de seis e sete anos de idade, da turma 11. Nas artes, os pequenos demonstram todo o apoio à mobilização que foi iniciada pelos caminhoneiros.
“Ainda não aprenderam a escrever direto, mas isso não impediu de fazerem suas cartas de apoio”, diz trecho do texto entregue pela professora aos manifestantes.
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“Emocionou todo mundo aqui. Acho que isso é uma prova de amor e deu ânimo pra todo mundo. Queria agradecer ela e parabenizá-la”, diz Verona, um dos trabalhadores que participa do protesto. Segundo ele, grande parte dos caminhoneiros são pais de família e além de emocionar, o ato mostra a abrangência da mobilização. “A maioria dos caminhoneiros sai de casa e fica 30, 40, 60 dias fora de casa pra trazer o sustento da família e do jeito que está, não estamos conseguindo mais”, completa.
A população em geral demonstra, ao longo dos dias e da força que o movimento ganha, maior engajamento. Diversas doações de alimentos e produtos de higiene são entregues diariamente aos caminhoneiros nos três pontos fixos de protesto em Caxias: ERS-122 (Forqueta) e BR-116, em Vila Cristina e nas imediações do acesso ao bairro Serrano.
