COLUNA

Você prefere falar com gente ou com robô?

Empresas que desejam automatizar precisam primeiro compreender qual dor estão tentando curar.

Robôs de aparência humana com fones de ouvido trabalhando em frente a telas
Imagem de robôs humanoides sentados em uma mesa, cada um com fones de ouvido e telas em frente a eles. Sugere um ambiente de trabalho de suporte ou atendimento.

Em um mundo cada vez mais digital, é comum ouvir que “automatizar é a solução para tudo”.
Mas será mesmo? Quando o objetivo é oferecer uma jornada de excelência ao cliente, a resposta é: depende.

Às vezes, o cliente só quer ser ouvido. Quer sentir que alguém realmente se importa e entende o que ele precisa, e, nesses casos, nenhum robô substitui o contato humano.
Automatizar sem propósito é como fazer uma ligação e ouvir do outro lado: “um minutinho, por favor”. Quem já passou por isso sabe o quanto é frustrante.

Hoje, ninguém quer mais “ligar”. Preferimos resolver tudo pelos canais digitais, mas, em muitos casos, somos atendidos por robôs com respostas prontas e pouco úteis.
O resultado? A mesma insatisfação de antes, só que agora em outra tela.

O ponto central é este: o problema não está em atender, está em resolver.
Empresas que desejam automatizar precisam primeiro compreender qual dor estão tentando curar.
Se o desafio é a demora no atendimento, é preciso entender o comportamento dos clientes:

  • O que eles buscam? Comprar ou obter informações?
  • Em quais horários o volume é maior?
  • Quais os gargalos reais do processo?

Com esses dados em mãos, é possível redesenhar fluxos, eliminar desperdícios e entender o momento certo de aplicar a tecnologia.
Clientes satisfeitos lembram da boa experiência e voltam. Mesmo quando não compram de imediato, guardam na memória onde foram bem atendidos, e recomendam a marca.

Pesquisas mostram que clientes fiéis não apenas retornam, mas se tornam promotores espontâneos, aumentando o valor do ciclo de vida e reduzindo custos de aquisição.

Por isso, antes de automatizar, invista em entender o cliente, analisar dados e treinar pessoas.
A excelência nasce do equilíbrio entre tecnologia e empatia.

E quando for automatizar, faça por etapas: Comece pelas jornadas simples, avance para as massivas, e só então decida com base em dados, o que realmente vale automatizar.

Porque no fim das contas, automatizar tudo não é a solução, é apenas parte da jornada para resolver melhor.