Celular ou Carteira?
Após acordar e se arrumar para sair de casa. O que você pega? A chave do carro, da casa? E o celular? Aquela carteira de couro, preta, com um calhamaço de comprovantes de cartões de crédito. Inúmeros cartões, notas e moedas? Hoje nosso celular é a extensão da carteira, dos documentos, dos aplicativos IoT que controlam a casa remotamente. Hoje deixamos a carteira esquecida em casa, mas voltamos do meio da viagem para pegar o celular se ele ficou em casa carregando!
Quem nunca viu seus pais, até mesmo os avós, que precisavam sacar um dinheiro na sexta-feira para “passar o final de semana”? Quando trabalhei numa cafeteria, qual era o maior desafio, o meu maior medo? Datas para um evento particular? Horário de fechamento? Preocupação com o fornecedor para não atrasar a entrega do produto? Não. Era o troco! Abrir o caixa no dia e ter uma quantia coerente para “dar o troco”. Isto era realizador! Só quem viveu sabe. De fato, acredito que hoje isto não seja mais um problema. Pagamentos hoje, por PIX, aplicativos, NFC direto do celular! Hoje o peso do dinheiro na carteira, cartões e comprovantes, se tornaram o peso do celular.
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A Era Digital e a Substituição da Carteira Física
Hoje nosso celular é a carteira, o mapa, o banco, o trabalho, o lazer, a televisão, o rádio e quando muito, uma ligação de SPAM deixa de ser atendida, ou então, imagina receber uma ligação no celular para “falar com alguém”? Impensável. Mas se a bateria acabar? Nossa Senhora do Power Bank, recarregai por nós! A tecnologia hoje nos leva uma maior liberdade ao ponto que também aumenta a sua fragilidade! É simbólico, mas é real. Nosso maior ponto de convergência de tecnologias hoje é o smarthphone. Hoje o dinheiro é um número na tela. O Livro é uma imagem no Kindle. Há quem goste, há quem odeie. Há quem é inimigo de um e amigo de outro, há quem equilibre as jornadas sem paixões desacerbadas.
Os Riscos e Fragilidades da Concentração Tecnológica
Quando saímos de casa levamos o celular e nos sentimos conectados, livres e com total liberdade de ação, mas, ao mesmo tempo, sem conseguirmos mensurar o peso do risco. Na lei da tecnologia, quem tem um, não tem nenhum. Você teria um backup de um celular idêntico em casa? Em uma era onde carregamos tudo em um só lugar, o que estamos realmente carregando? A praticidade da tecnologia ou a fragilidade de ter todos os nossos ovos na mesma cesta?
