O empresário Juarez Valduga é um empreendedor de sucesso, disto ninguém duvida. Precursor ainda pouco reconhecido do enoturismo no Vale dos Vinhedos, se auto define como um colono. Vá lá, não esconder sua origem e mãos calejadas tem boa parcela de verdade, mas mal disfarça uma correta estratégia de encantamento aos milhares de turistas com os quais ele faz questão de manter contato no seu empreendimento. Lição aprendida com o pai e dividida com os irmãos João e Erielson na intransferível tarefa de recepção aos visitantes.
Pois o homem que agora vai abrir uma vinícola no Chile – as ligações da empresa com a terra além-cordilheira não são de ontem – prega a necessidade de um único secretário de turismo para toda a região da uva e do vinho. Deve ter refletido para chegar a esta conclusão e não pretendo me aprofundar nela, a não ser como mote daquilo que pretendo expor.
Uma secretaria para a região é apenas uma das tantas ações conjuntas que inescapavelmente os municípios da serra precisarão adotar como estratégia de sobrevivência e superação de seus problemas. Está posto aí que o cercamento eletrônico com câmeras de vídeo e integração das informações será a arma para combater a crescente e incontrolável onda de violência que tanto aflige a população.
Os municípios já criaram o Cisga, um consórcio intermunicipal que busca soluções integradas para questões que os municípios individualmente já não conseguem enfrentar. O exemplo é o recolhimento e destinação do lixo doméstico
Há a questão das estradas abandonadas, da água e tratamento de esgoto, há que se integrar meios de transporte coletivo; possibilitar a integração na questão do emprego e o acesso à saúde. Enfim, é preciso compreender que vivemos novos tempo, que há premência de gastar menos e fazer mais. Isto requer esforço, inteligência, mudança de hábitos soma de esforços. Será preciso racionalizar. Não há mais dinheiro para desperdiçar e isto os gestores já sentiram na pele. Agora sofrem com a cobrança da população carente de soluções.
Infelizmente é como fazer um novo estado dentro do estado, com menos burocracia. Talvez, como preconiza Juarez Valduga, com menos cargos e mais eficiência.