COLUNA

TV 3.0: a revolução na forma como assistimos TV

Chegou a hora da televisão mudar e se transformar completamente em relação ao formato que conhecemos hoje

Ilustração futurista de um cérebro digital conectado a uma tela, com elementos de dados e tecnologia.
Imagem: Google Gemini

Chegou a hora da televisão mudar e se transformar completamente em relação ao formato que conhecemos hoje.

A nova geração tecnológica da TV acaba de chegar ao Brasil, baseada nos padrões ATSC 3.0.

Desde os tempos em que colocávamos o bombril na ponta da antena aos dias atuais, em que a qualidade de imagem e som melhorou bastante, o formato de entrega continuou praticamente o mesmo: sintonizamos um canal de TV para assistir a um filme, novela ou partida de futebol e, se chegamos atrasados, perdemos o conteúdo. Em outras palavras, sempre fomos “escravos da programação” e tivemos que nos adaptar a ela.

Mas agora as coisas vão mudar de verdade. Com a assinatura do decreto da TV 3.0, o governo deu a largada para uma transformação real na televisão brasileira. A estreia está prevista para a Copa do Mundo de 2026, e a expectativa é que em até 15 anos toda a população tenha acesso. Dessa vez, a TV estará muito mais próxima da experiência de um smartphone do que do modelo tradicional. O usuário poderá, por exemplo, escolher em uma partida de futebol qual câmera prefere para rever o lance do gol do seu time, pausar a transmissão ou até retomar de onde parou.

Outra grande novidade estará na forma de recebermos propagandas. Com a TV 3.0, os anúncios passarão a ser direcionados conforme o perfil do usuário, de maneira semelhante ao que já ocorre nas redes sociais.

Vale lembrar que a TV continua sendo o meio mais popular do país, alcançando mais de 80% da população e é por isso que essa mudança tem tanta importância.

E quando isso chegará às nossas casas? A previsão é que em até 15 anos todas as residências estejam atendidas por essa tecnologia. Porém, se a adoção seguir o mesmo ritmo acelerado do 5G, esse prazo poderá ser reduzido, apesar das dificuldades de um país com dimensões continentais como o Brasil.

O grande marco inicial será a Copa do Mundo de 2026, tradicionalmente um momento em que muitos brasileiros trocam seus aparelhos de TV. A implementação começará pelas capitais e grandes cidades.

Segundo anúncio oficial do Ministério das Comunicações, publicado no site do Planalto, o Decreto nº 12.595/2025 regulamenta o novo padrão de TV 3.0 no Brasil, trazendo interatividade, melhor qualidade de som e imagem, integração com a internet e preservação da gratuidade da TV aberta (gov.br).

E para reforçar o contexto tecnológico e a expectativa de implantação: segundo o portal especializado TV Technology, o padrão DTV+ (baseado no ATSC 3.0) já está em fase experimental no Rio de Janeiro e em São Paulo (TV Technology).

A mudança é significativa quando comparada à TV tradicional. Considerando ainda a forma como já consumimos conteúdos por meio do espelhamento de celulares e dos serviços de filmes e séries via streaming, fica claro que essa transformação é não apenas inevitável, mas extremamente necessária. A partir de agora, estaremos cada vez mais dependentes da conexão com a internet para tudo, ou quase tudo.

E você, está preparado para essa revolução na TV? Ou já abandonou a TV aberta de vez?