Opinião

Tutores de cães precisam ler esse texto, especialmente os de grande porte

Tutores de cães precisam ler esse texto, especialmente os de grande porte

A torção gástrica ou síndrome da dilatação vólvulo gástrica ocorre principalmente em cães de grande e médio porte e é imprescindível que tutores saibam identificar os seus sinais, visto que é uma doença aguda e fatal se o atendimento veterinário for tardio. Nesse caso, ocorre a dilatação e torção do estômago, trazendo uma série de consequências para o organismo do animal. Muitos dos “cachorreiros” já ouviram falar em torção gástrica ao assistir o filme “Marley & Eu”, em que Marley foi acometido por essa síndrome e levado às pressas para atendimento.

Atente-se às medidas de prevenção:

  • Fornecer ração de qualidade ao seu pet e de forma fracionada, alimentando- o, no mínimo, 2 vezes ao dia;
  • Evitar que se alimente muito rapidamente, existem comedouros específicos que podem colaborar para que isso não ocorra;
  • Não agitar o animal após a alimentação, dentro do possível deixá-lo em repouso;
  • Não deixar quantidade exagerada de água disponível, evitando que o cão beba muita água de uma vez só.

Fique atento a esses sinais: agitação, aumento de volume abdominal e sensibilidade na região, náusea, salivação, vômitos não produtivos, gengivas pálidas. Se observar qualquer sinal suspeito, leve seu cão para atendimento o mais rápido possível.

A avaliação clínica veterinária já traz fortes suspeitas e o diagnóstico pode ser confirmado com radiografia abdominal. O tratamento é, inicialmente estabilização clínica do paciente para que ele possa ser submetido ao tratamento cirúrgico. Na cirurgia, o estômago é reposicionado e fixado na parede abdominal na tentativa de prevenir que ocorra novamente. Em muitos casos é necessário a retirada do baço, pois a torção compromete a viabilidade deste órgão. Nessas situações, ocorre alterações clínicas graves, podendo o paciente não resistir.

Quanto antes for levado para atendimento, maiores são as chances de sucesso e recuperação do animal.

Médica Veterinária Larissa Dariva

– Graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – 2015
– Residência em Cirurgia de Pequenos Animais, UFRGS – 2018
– Mestrado em Ciências Veterinárias – ênfase em Videocirurgia, UFRGS – 2020
– Sócia do Colégio Brasileiro de Endoscopia e Videocirurgia Veterinária (CBEVV)
– Atualmente é cirurgiã volante, atuante em Porto Alegre e região metropolitana