Opinião

Tem blog novo na área!

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Olá, deixe-me apresentar. Me chamo Deisi da Costa e à partir de hoje assumo o blog TánaTaça. Para uma apaixonada pelo mundo do vinho, esta vai ser uma tarefa mais do que prazerosa. Viaje comigo pelos terroirs, sinta o perfume das videiras, harmonize sabores e descubra muitas curiosidades junto comigo. Tenho alguma experiência como sommelier e vai ser à partir de textos e vídeos que vou explorar o tema da enogastronomia, enoturismo, mas deixando de lado o estereótipo enochato.

Para o primeiro post, separei um assunto que gera alguma discussão: a regra do vinho. Vamos lá?!

A regra do vinho, e o vinho sem regra!!!

Degustação técnica, servir o vinho sem pingar na toalha, usar a taça ideal, abrir o espumante sem estourar a rolha, analisar a tonalidade do liquido, encontrar dezenas de aromas, descobrir qual é a uva degustada às cegas, observar se os sabores são os mesmos dos aromas, comprar o vinho mais antigo, escolher um vinho caro porque é o melhor, não servir vinho tinto antes do vinho branco pois é errado, harmonizar vinho tinto apenas com carnes vermelhas.

Todas essas “regras” podem servir para algo mais formal ou técnico, sim muitas vezes elas podem ser relativamente importantes ou relevantes, porém, o vinho vai além deste mundo formalizado e profissional, o vinho em sua história já fez parte desde Banquetes até o vinho nosso de cada dia servido de um garrafão. Por isso a escolha é nossa, quero beber um vinho e aprecia-lo ou beber um vinho e avaliá-lo?

A regra básica é, tentar e provar o novo. A ousadia faz parte da evolução dos sentidos, e não gostar de vinhos pode ser normal até que se prove algo incrível e inusitado. Os mitos surgem, as possibilidades são várias dentre bilhares de rótulos, mas cabe a nós decidirmos que tipo de vinho, qual valor quero investir hoje, qual uva, qual rotulo mais me agrada, que região quero provar, e quem vou convidar para compartilhar essa garrafa. Basta tentar e descobrir o tipo de vinho que gostamos, o estilo de vinho que mais agrada seco ou suave, a sensibilidade do paladar com o álcool ou a acidez. Para muitos, o vinho pode ser amargo, muito alcoólico ou tânico a ponto de deixar a boca áspera. Um dos exemplos clássicos, é a primeira impressão, muitas pessoas degustam pela primeira vez um vinho tinto e da uva Cabernet Sauvignon, afinal ela é histórica e popular, mas o que muitas pessoas não sabem é que esta uva é potente, mais estruturada, muitas vezes o vinho é realmente mais alcoólico e por vezes possui uma acidez elevada, isso pode facilmente desagradar paladares através da primeira impressão.

Mas… e que tal iniciar no estilo mais leve, buscando uma uva como a Pinot Noir, Pinotage, até um Merlot com pouca madeira? menos álcool? ou beber numa temperatura mais gelada para agradar mais fácil? Procurar as uvas com menos taninos? Escolher um vinho rose antes do tinto? Também há a possibilidade de comprar rótulos mais acessíveis (o vinho de valor mais alto fica para os tempos de vacas gordas), para treinar o paladar passo a passo, existem muitas e muitas possibilidades.

Então, o poder da descoberta depende de cada organismo, não podemos deixar as regras bloquear o consumo deste ou daquele vinho, temos que degustar o que nos agrada.

Portanto, toda a regra fica de lado, e o vinho fica sem regra, agradando, surpreendendo e atiçando paladares.

Cheers!!!