Explosões abalam cidade ao sul da Ucrânia

Os conflitos na Eurásia são históricos. As motivações são diversificadas e sórdidas, cada lado defendendo sua ideologia de poder e dominação. Numa visão primária, originária de nossos sentidos, percebemos apenas a movimentação física e destrutiva. Contudo, antes delas se concretizarem, já estava em fluxo estratégias de domínio do outro lado do mundo.

Vladimr Putin é um astuto militar que conhece muito bem a geopolítica mundial. Durante décadas se organizou para este momento. Fortaleceu a economia da Rússia abalada após a queda da União Soviética no início dos anos noventa. Em mais de vinte anos no poder formou e aparelhou um dos maiores exércitos mundiais. Cresceu de forma orgânica, avançando economicamente e sagazmente sobre o território europeu deixando-os dependentes de suas fontes de energia como gás, carvão e petróleo. Conquistou a independência do país formando alianças que hoje está sendo fundamental para sua autonomia financeira e tecnológica.

A ação russa não teria iniciado sem uma forte conexão com seu país vizinho. A China possui papel fundamental para dar suporte aos planos de Putin. Sem dúvida ele já previa os embargos econômicos do ocidente e olhou para o oriente percebendo que ali estava a maior concentração populacional, um mercado promissor e aliado neste momento.

No entanto, muito antes da invasão da Ucrânia, do outro lado do globo, os Estados Unidos já haviam declarado uma guerra tecnológica e econômica contra os chineses, procurando cancelar de todas as formas suas ideias expansionistas comerciais. E isso foi fundamental para a concatenação e união entre os dois países orientais, uma vez que tinham um inimigo em comum. Desta forma a China torna-se a porta de entrada e saída das finanças russas. No mesmo sentido os chineses conseguem obter um escudo protetivo econômico e bélico da Rússia frente aos EUA.

O que pretendo demonstrar é que não há mocinhos nem do lado Oriental nem do Ocidental. A batalha fria e a bélica são usadas, ambas trazem destruição e morte. Embora percebamos apenas um lado, uma vez que o noticiário concentra sua atenção para o momento atual, não podemos deixar de considerar que o início deste conflito não é de agora e que a origem é sempre a ganância humana. Todos insensíveis, pois os maiores atingidos por esta tragédia são, mais uma vez, as comunidades pobres que não tem condições de mobilidade para fugir do conflito.

Contudo, o que ocorre neste plano é vigiado pelas esferas celestiais. Por trás desta colisão de forças os desígnios Divinos se fazem presente. A natureza há muito tempo estava aguardando uma iniciativa humana que lhe sustente e isso nunca ocorreu significativamente. Apenas pequenos grupos, por iniciativa individual e não governamental, perceberam que os combustíveis fósseis estão entre os mais poluentes e nocivos ao meio ambiente. Assim, a reação ocorre como mecanismo de autoproteção ambiental. A lei de causa e efeito mais uma vez se faz presente, regulando e sustentando a vida já que, nós “Homo Sapiens” ou “Homens Sábios”, deixamos de cumprir nosso papel, sem considerar que a poluição mata mais que qualquer guerra.

Enfim, diante desta movimentação destruidora, obrigatoriamente, acontecerão novos investimentos em pesquisas nas formas de energia limpa, como a eólica e a solar, saneando e purificando o ar que respiramos. Infelizmente nossa ganância e inércia faz com que as forças naturais atuem de forma compulsória no restabelecimento do equilíbrio planetário.

Escrito por Mauro Falcão, em 25.02.2022 para o Portal Leouve e Tábuas da Verdade.