
Aqui é o Leouve e retrospectiva não tem fofoca de gente se separando ou namorando, tragédia de rico com procedimento estético que deu errado, muito menos Roberto Carlos cantando.
Mas a gente também lembra do ano que passou, especialmente das coisas boas que a gente leu, ouviu e aprendeu. E como a felicidade só é real quando compartilhada, segue minha lista dos top best picas das galáxias, que espero, vocês gostem.
Livro
A Dama da Lagoa, livro de Rafael Guimaraens que foi lançado em 2013, teve uma 2a. edição em 2020 e li só em 2025. Comprado na Feira do Livro de Porto Alegre, não consegui parar de ler e pensar sobre a história de um crime ocorrido em Porto Alegre em 1940.
As personagens, especialmente as femininas, as relações sociais da época, as coisas que mudaram e as que continuam iguais. Feminicídio, privilégios, interesses.
O autor preencheu as lacunas da história publicada com a falada, mais o que encontrou nas entrelinhas da sua pesquisa, criando um romance-tragédia bastante esclarecedor.
Recomendo, com um alerta: comece a ler quando tiver 24 horas para se dedicar ao livro, porque você não vai querer largar.
Filme/Série
Como diz meu marido, pesado igual pastel de charque, a série limitada que indico não é pra estômagos fracos nem almas de Pollyanna.
Adolescência, a série limitada que está levando no Netflix, é um soco no estômago. Se é um balé nas imagens, feitas em plano sequência (sem corte), a história é um rock progressivo.
O tema, de novo, é a violência contra a mulher (bem jovem nesse caso) e toda engrenagem que moveu o personagem principal, o adolescente interpretado pelo excelente Owen Cooper.
Menção honrosa pra loucuragem de Severance, com trilha sonora, visual e história muito interessantes. Daqueles que você fica pensando, será que a vida real não é a ficional ou será que a vida ficcional é a real? Tô só pela terceira temporada.
Música
Sabe aquelas músicas que fazem o corpo se mexer, sabendo ou não dançar?
Isso aconteceu comigo quando ouvi Las Migas, grupo espanhol de Barcelona, formado em 2004, por mulheres, que foram mudando a formação original ao longo dos anos.
Ganharam o Grammy Latino 2025 de melhor álbum de música flamenca, com o álbum também chamado Flamencas.
Dramático e empolgante como é o estilo musical original, Las Migas modernizaram o gênero mas não perderam a mão, pelo contrário, conseguiram dar um Olé nos tunch-tunch-tunch e tumpa-tumpa.