Muito se fala, hoje, em responsabilidade social dentro das organizações. O termo está na moda, aparece em relatórios, em campanhas, em discursos. Mas, para mim, responsabilidade social é algo muito além de uma pauta bonita ou de um conjunto de metas escritas na parede.
O pilar ambiental é fundamental. O social, talvez o mais visível — é onde a comunidade sente, de forma direta, o reflexo das ações. Mas existe um ponto que, muitas vezes, fica escondido por trás de tudo isso: as pessoas que tomam decisão.
Hoje mesmo, em uma conversa, ouvi alguém dizer que o maior desafio dele no pilar social era “chegar nos decisores”. E é exatamente aí que mora o cerne da questão. Porque nenhuma ação social se sustenta se a liderança não tiver consciência. Se quem ocupa o topo da governança não entender que responsabilidade social é decisão estratégica, não é enfeite.
Eu repito isso incansavelmente: a governança é a base de tudo. É ela que define se uma empresa vai agir com propósito ou apenas cumprir tabela. Uma empresa que permanece na responsabilidade social faz isso por convicção, não por obrigação. Não é medo de fiscalização, não é porque “a lei manda”, não é para sair bem na foto.
É porque acredita que é o certo a fazer.
Notícias Relacionadas
É porque entende que impacto social e ambiental não competem com resultado — eles geram resultado. Para a marca, para o território, para a comunidade e para o próprio negócio.
E é simples: se a legislação deixasse de existir amanhã, essa empresa continuaria fazendo. Esse, para mim, é o verdadeiro teste de maturidade.
A Essência da Responsabilidade Social
Responsabilidade social que não está integrada ao core business, que não faz parte da estratégia, que não está no coração do negócio, vira enfeite, vira marketing, vira penduricalho.
Mas quando o social e o ambiental fazem parte da tomada de decisão, da governança, do dia a dia — aí sim estamos falando de impacto real. De legado. De empresas que deixam rastros positivos no mundo porque escolheram, conscientemente, fazer o que é certo.
