Imagem ilustrativa de uma competição de cabo de guerra entre Brasil e Estados Unidos, com pessoas puxando bandeiras.
Imagem: Google Gemini

Segundo a narrativa bíblica, Davi vence o gigante Golias munido de uma funda e cinco pedras em uma das histórias mais conhecidas do mundo. Uma verdadeira lição de fé e coragem. Com ironia, as relações entre Brasil e Estados Unidos, que vinham se deteriorando ao longo dos últimos meses, deslizaram para o abismo. Afastando-me um passo das lições econômicas, cabe ao leitor a tarefa final de decidir quem é o culpado pelas tarifas: Trump ou Lula.

Diferentemente de Davi, que tinha Deus ao seu lado, é quase um deleite afirmar que o governo brasileiro de hoje, alinhado com países como Cuba e Irã, esteja em posse da mesma bênção. Pois bem, começamos pelos números. Em 2024, o país de Trump representou 12% das exportações brasileiras (US$40,4 bilhões), porém para os americanos esse número representa apenas 2% das importações.

Os Estados Unidos é a maior economia do mundo com um PIB de US$29,2 trilhões, seus trabalhadores são considerados um dos mais produtivos e o país norte-americano possui as empresas com tecnologia mais avançada da face da Terra.

Economia e Impostos no Brasil

O Brasil poderia defender-se com o carnaval e cinco taças do mundo. Mas o que faz o país destacar-se são os impostos. Estima-se que o IVA, imposto criado pela reforma tributária, chegue a 28,5%, sendo assim, o maior do mundo. Temos uma equipe econômica que se sobressai no quesito criatividade, ela consegue criar um imposto a cada 37 dias no Brasil.

Além disso, temos a maior reserva de biodiversidade: a Amazônia, ou melhor, o que sobrou dela, pois é difícil enxergar quando metade do país é encoberto por fumaça. No comércio internacional, o Brasil representa menos de 2% de tudo que é negociado, porque ainda é um país muito dependente de commodities. Casos banais como a invasão de triplex não afetam nossa posição.

Impacto das Tarifas Americanas

Os Estados Unidos aumentaram em 50% as tarifas sobre as importações brasileiras como consequência diplomática do que vêm acontecendo ao longo de 2025. As farpas entre os governos pesarão sobre as empresas brasileiras que antes pareciam ser favorecidas pela guerra comercial.

Para a tristeza dos brasileiros que pagam seus impostos em dia os sinais são de que as questões comerciais são secundárias nestas ações. Por fim, deixo ao leitor essa missão de definir se temos um Davi para enfrentar Golias e de entender se o Brasil sairá vencedor desta disputa que sequer era sua.