O partido de reconhecida tradição na cidade, viu sua representatividade diminuir significativamente nas últimas eleições. Antes de falar sobre o cenário atual, vamos começar traçando uma linha do tempo destes últimos 40 anos.
O MDB chega prefeitura com Victorio Trez de 1983 a 1988. Após essa vivência no executivo o partido ficou 16 anos sem novo êxito na corrida a prefeitura, com derrotas em 4 pleitos consecutivos, tendo em duas candidaturas Germano Rigotto e em duas José Ivo Sartori. Mesmo nestes momentos de dificuldade para voltar ao paço municipal, o MDB manteve a tradição de bancadas muito representativas no legislativo caxiense.
A insistência e o próprio fortalecimento dos nomes de Rigotto e Sartori parece ter surtido efeito a época. Rigotto é eleito governador em 2002 e Sartori eleito prefeito em 2004. O momento de glórias permaneceu por mais de 10 anos, com a reeleição de Sartori, a eleição de seu sucessor Alceu Barbosa Velho (PDT) que teve como vice Antonio Feldman (de volta ao MDB) e ainda o apogeu com a vitória de Sartori ao Piratini.
De lá pra cá, momento bem mais difíceis. Sartori não conseguiu a reeleição para o governo do estado, Rigotto e Simon perderam eleições para o Senado e o reflexo também chegou a Caxias do Sul.
Nas últimas eleições em 2020, além do decepcionante quarto lugar na eleição para prefeito, viu sua bancada, que por muitos anos foi a maior do legislativo, reduzir-se a dois vereadores.
O partido garante que terá candidatura própria em 2024. Seus velhos caciques tem sido personagem atuantes nos programas e mídias sociais do partido. O sonho, tê-los como candidatos. A realidade mais provável, apostar nos atuais vereadores, especialmente Felipe Gremelmaier, que representaria renovação com experiência de quase 20 anos no legislativo e passagem em diversas secretarias no executivo. Além da preocupação com o executivo certamente exigirá um forte trabalho para lançamento de novas caras e candidaturas para reforçar suq bancada na Câmara de Vereadores.