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Os alimentos e seus preços: porquê os preços variam tanto?

Os alimentos e seus preços: porquê os preços variam tanto?

Todos os brasileiros sentiram no ano de 2020 um peso maior em seu bolso, afinal o ano que foi marcado pela pandemia do COVID-19 que trouxe consequências como queda na renda e também uma perda no poder aquisitivo, devido aos aumentos subsequentes de preços, principalmente de um dos bens básico, o alimento. Muitos se perguntam, mas por quais motivos os preços variam tanto, em especial na pandemia? Nesta coluna tentarei explicar como os preços variam e porque variam.

O primeiro ponto para entendermos a variação de preços é definir quem são os agentes que definem esses impactos, os consumidores e produtores, os quais, seguem uma lógica de mercado, sem interferência do governo, afinal estamos vivendo em uma economia capitalista, onde o governo não interfere nos preços e quantidades produzidas.

A oferta que é definida pelo produtor que a partir de um determinado preço, tem a disponibilidade de produzir tal quantidade. Já a demanda é quanto o consumidor está disposto a comprar por aquele determinado preço. Ou seja, se temos um excesso de produção (oferta), haverá uma queda nos preços e se tivermos um consumo maior que a quantidade produzida, teremos um aumento dos preços.

Vamos para os fatos, por exemplo o feijão que obteve um aumento acumulado de 30% no ano de 2020 devido à quebra na safra, a qual, teve resultado aquém do esperando, gerando um descompasso entre oferta e demanda, ou seja, tivemos uma queda na produção, enquanto a demanda pelos produtos continuou a mesma, aumentando os preços.

Outro ponto a considerar, foi o aumento do dólar em relação a nossa moeda, incentivando os produtores a exportarem uma maior fatia, devido aos ganhos mais elevados, reduzindo a oferta dos produtos no mercado interno. Algumas altas de preços foram fora do comum, como a do arroz que teve um aumento anual de 19,25% e do limão que subiu 42,2%.

Cabe ressaltar que essa inflação tem impactos diferentes entre as classes, onde os menos remunerados são os mais impactados pela alta dos alimentos, afinal gastam uma fatia maior de seus recebimentos com esses produtos. Portanto, todos nós sabemos que são flutuações de mercado e são normais em uma economia capitalista.