O ritmo da vida moderna e seus desequilíbrios

Texto escrito por Abigail Somacal (Licenciatura em Educação Física / Bacharel em Educação Física / Pós graduanda em Fisiologia e Prescrição do Exercício Clínico / CREF 027828-G/RS)

Uma hora o corpo cansa da correria e da falta de tempo para cuidar de si mesmo. Ele sente o baque das noites mal dormidas, do estresse no trabalho, do lanche que você engole enquanto dirige porque pulou alguma refeição. Não só sente como se manifesta, desencadeando algumas coisas que podem comprometer muito a sua saúde.

O excesso de trabalho, a pressão do chefe, a falta de grana… São problemas clássicos que resultam em estresse. A secreção crônica de cortisol, o hormônio do estresse, pode levar a fadiga, isto é, um cansaço de alguma parte do corpo, como a musculatura e até o próprio cérebro, podendo cair em um ciclo que pode provocar a perda de memória e depressão.

O estresse crônico, de longa data, contribui para ataques do coração, assim como o estresse agudo, aquele que vem quando acontece algo de repente.

Quando estamos estressados, hormônios inundam o corpo e começam a alterar várias estruturas. A liberação deles leva à contração da musculatura, e a adrenalina descarregada na corrente sanguínea acelera os batimentos cardíacos e a respiração. Quando isso acontece, o corpo sofre diversos sintomas, o psicossomático reflete em pressão alta, ansiedade, insônia, dores de cabeça, úlcera do aparelho digestivo etc. Como consequência da energia gasta nesse processo, o sistema imunológico é enfraquecido, causando diversos prejuízos para o organismo como um todo.

Tensão no pescoço e nas costas, devido ao estresse, além de longos dias sobre o computador, pode resultar em dores musculares. E mais, ele pode até alterar a velocidade de como o corpo processa gordura, levando ao armazenamento dela e podendo aumentar a acidez no estomago, refletindo no funcionamento do intestino.