
Aeróbico em Jejum (AEJ) é uma pratica muito utilizada atualmente por atletas e pelo público das academias que visão a queima de gordura sem perdas significativas de massa muscular, porém, pouco se sabe sobre a eficiência do exercício aeróbico em jejum na redução de gordura corporal.
Uma afirmação é correta: quando a pessoa se exercita em jejum ela utiliza até três vezes mais a gordura como fonte de energia, se comparado ao estado alimentado, sendo que nesse estado nosso corpo libera insulina e esta inibe a quebra de gordura. Mas isso vai depender muito do condicionamento físico dela e da intensidade em que ela vai realizar o exercício. Não significa de fato que isso irá contribuir para o emagrecimento, pois mesmo que “queime” mais gordura durante a atividade em jejum, essa queima é facilmente reposta por uma simples refeição
Apesar de não haver consenso sobre os efeitos do jejum sobre a oxidação de nutrientes, o AEJ tem sido utilizado como estratégia para aumentar a oxidação de lipídios durante o exercício e promover alterações da composição corporal em pessoas que praticam exercícios físicos. Porém alguns estudos sugerem que essa alteração da composição corporal gerada com o jejum é resultante da redução de massa magra e da perda de água corporal.
Atualmente, existem algumas pesquisas e questionamentos de autores e profissionais da área de saúde sobre o assunto um tanto quanto provocativas, podendo concluir que este é um assunto bastante polêmico e que traz muitas contradições. Ainda assim, é certo que o aeróbico em jejum usa os lipídios como principal fonte de energia e que a oxidação dos mesmos durante o exercício é real, sendo a catabolização de massa muscular insignificante neste caso. Considerando que os exercícios de alta intensidade elevam a taxa metabólica de repouso e mantêm oxidação de gorduras elevada mesmo horas após sua execução, seria este um método muito mais eficiente para o emagrecimento. Com isso, podemos gerar uma conclusão de que o exercício aeróbico em jejum pode ser eficiente na perda de gordura corporal, mas que existem muitas outras práticas muito mais aconselháveis e com melhores resultados. Não há estudos que mostram esta prática é mais eficiente do que outras propostas utilizadas.
Em contraponto, estudos mostram que realizar o exercício de forma alimentada é mais favorável para melhorar o desempenho físico, já que a ingestão de carboidratos antes do exercício aumenta as reservas de glicogênio, procrastinando a fadiga e a hipoglicemia. Além do que, indivíduos que praticam exercícios aeróbios em jejum podem experimentar desconfortos, como fadiga, sonolência, tontura e fraqueza, o que aumenta os riscos dessa prática para a saúde e o bem-estar.
É de suma importância a necessidade de um acompanhamento tanto de um profissional de educação física e de um nutricionista para o praticante do AEJ, para que não tenha a saúde debilitada e os exercícios venham trazer os benefícios desejados.