O verde é mais do que paisagem, é encontro e bem-estar. Em cidades como Caxias do Sul e Bento Gonçalves, ainda carentes de arborização em suas vias e espaços cotidianos, a presença de parques e áreas verdes se torna ainda mais essencial. Esses lugares oferecem um contraponto necessário ao concreto, ao asfalto e à correria. Parques públicos bem planejados não são apenas gramados com árvores, são projetos de paisagismo vivos, pensados para o uso das pessoas.
Caminhos definidos, ciclovias, áreas de lazer, academias ao ar livre, quadras, espaços para piqueniques ou para tomar um chimarrão. Tudo isso amplia o valor desses lugares, os tornando em espaços de convivência, descanso e conexão com a natureza. Porém, integrar o verde à vida urbana de forma orgânica exige mais do que boa vontade. Em cidades onde a fiação elétrica aérea compromete as árvores com podas mal executadas, por exemplo, a arborização de ruas esbarra em limitações técnicas.
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Infraestrutura e Saneamento Básico
Uma solução seria pensar na infraestrutura e paisagismo de forma integrada, com fiação subterrânea, sistema de drenagem eficiente e respeito ao crescimento natural das árvores. Além disso, a Lei nº 14.026/2020, que atualiza o marco legal do saneamento básico, estabelece a meta de que todos os municípios brasileiros garantam acesso universal aos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto até 2033. Essa legislação abre espaço para que, junto às obras de saneamento, sejam planejadas soluções que incluam o paisagismo e a arborização, unindo eficiência na infraestrutura e qualidade ambiental.
Ao alinhar o avanço urbano com o cuidado ambiental, é possível criar cidades mais saudáveis, sombreadas e agradáveis de viver. O verde, quando integrado da maneira correta, se transforma em pertencimento. Ele não é só cenário, é parte do que nos faz sentir que estamos em casa.
