Cinema

O Passageiro é filme de ação eletrizante

O Passageiro é filme de ação eletrizante

O Passageiro é um filme de espera, com o perdão do trocadilho. Se tem Liam Neeson, sabemos, porradaria e explosões batem ponto na tela. Some a presença do astro aos truques habilidosos do cineasta catalão Jaume Collet-Serra – que o dirigiu em Noite Sem Fim (2015), Sem Escalas (2014) e Desconhecido (2012) – e eis o resultado: um suspense de ação instigante (mais um dessa dupla).

Engana-se quem pensa que cinema de ação é diretamente proporcional a personagens bobos e mal-escritos. Michael MacCauley (Neeson) está bem longe de ser considerado, já de cara, um herói sem capa. Sua rotina repete-se diariamente e gira em torno do trabalho – ele vende seguros de vida; antes, foi policial. Café da manhã antes de sair. Debates com a esposa, Karen (Elizabeth McGovern), sobre onde o filho adolescente fará faculdade. Grana curta. Longas viagens de trem em direção ao escritório.

Suspense meticuloso sobre o caos cotidiano Collet-Serra, do recente thriller de tubarão Águas Rasas (2016), usa esse anonimato em prol de uma história de conspiração sobre figurões versus gente comum. Em um dia qualquer, uma mulher chamada Joanna (Vera Farmiga) pede para se sentar perto de MacCauley. Ela diz estudar comportamento humano e lhe oferece um desafio. Ache uma pessoa que não deveria estar no trem. Não se trata de um passageiro habitual. Ele ou ela carrega uma bolsa suspeita. Faça isso e ganhe alguns milhares de dólares – o suficiente para resolver alguns dos vários perrengues financeiros de MacCauley.

Fonte: Metropoles / Foto: Reprodução Internet