Antigamente era comum um pedido de minha mãe para eu ir até a padaria para comprar pão. Claro que eu ia de bom grado, pois comprar pão era mais importante do que jogar bola e brincar com os amigos. Lembro-me que ela dava algumas moedas, poucas, mas o suficiente para comprar. Um pão custava dez centavos – para os mais novos, naquela época o pão era vendido por unidade. Quando subiu para 15 centavos a unidade, o reajuste virava matéria principal do Jornal Nacional. Os repórteres entrevistavam as pessoas na rua, entravam em algumas padarias e mercados mostrando os preços e interrogavam donos e funcionários pedindo explicações. Eu, mesmo criança, pensava será que um dia o preço do pão chegará a um real cada?
Vinte anos se passaram. Posso dizer que o dia chegou. Não sei se foi neste ano ou ainda no ano passado. O certo é que uma moeda de um real compra um único pão, se tanto. Obviamente, não é saudosismo daqueles tempos, nada fáceis para a maioria dos brasileiros.
Pois bem, se olharmos para a quantidade de mercados e padarias, notaremos que o número deles aumentou. Concorrência maior, tende a reduzir o preço do produto. Máquinas foram introduzidas na fabricação dos pães. Mais automatização, significa menores custos de produção. Então, se podemos considerar custos menores e o pão segue tendo o mesmo tamanho, qual é o motivo do aumento do preço? A inflação.
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Por fim, existem diversas motivos que causam inflação. No entanto, independentemente de qual seja, existe um único beneficiário: o governo. Grandes economistas como Ludwig von Mises e Friedrich Hayek afirmam: é através da inflação que o governo se financia.
