COLUNA

O Mistério que Sustenta a Vida

Somos livres para escolher o rumo da nossa vida, mas essa liberdade se manifesta dentro de uma estrutura que nos antecede

Interpretação artística da criação cósmica, inspirada em 'A Criação de Adão', com figuras celestes e estrelas.
Imagem: Google Gemini

A existência humana não pode ser explicada apenas pelo encontro de um óvulo e um espermatozoide que originam uma célula tronco. A partir dessa unidade, desenvolve-se uma multiplicidade de órgãos e funções. O corpo humano se forma em perfeita interdependência, como se um plano prévio orientasse cada passo dessa construção. Mas o que garante essa precisão? O que determina que uma célula se torne coração, enquanto outra se transforma em pele ou cérebro?

A resposta a esse enigma não se encontra apenas na genética. Por trás do corpo físico, e além do espiritual, existe um terceiro campo essencial: o “corpo energético”. É ele que sustenta a ponte entre espírito e matéria, armazenando os registros de todas as nossas existências, impressões cármicas que influenciam a organização do corpo físico e até mesmo atraem os próprios genitores. Nesse campo sutil repousa a memória profunda da vida, moldando o destino antes mesmo de a existência florescer no plano material.

Essa mesma lógica de ordem e coerência se revela quando olhamos para além de nós. O elétron que orbita o núcleo não vagueia ao acaso; segue uma rota precisa. As moléculas se combinam segundo padrões definidos, assim como os corpos celestes que se dispõem em torno de estrelas. Do átomo à galáxia, o universo é atravessado por princípios constantes, guiados por uma força silenciosa e invisível.

O pensamento existencialista nos convida a refletir sobre o sentido da liberdade humana. Somos livres para escolher o rumo da nossa vida, mas essa liberdade se manifesta dentro de uma estrutura que nos antecede. Encontramos leis já postas — da física, da biologia, da química, e também a que integra o corpo energético ao espírito e à matéria.

A ciência descreve como tudo funciona, a filosofia busca compreender o sentido, mas ainda buscamos o “porquê último” dessa coerência universal. Então, ergue-se a questão que atravessa séculos: quem pensou essa Lei? Acaso ou inteligência originária?

A vida, assim, não se resume à fisiologia nem apenas à espiritualidade. Ela é tecida por um corpo vibracional que guarda memórias, orienta destinos e conecta nossa liberdade individual ao tecido maior do cosmos. E talvez esse tecido seja a própria manifestação silenciosa de um pensamento Divino: o “Magnetismo”, ordem universal que une átomos e galáxias, destinos e gerações, sustentando toda a Criação.