A Câmara de Vereadores é um casa eminentemente política. É natural que o parlatório seja palco de posicionamentos fortes e que a disputa das narrativas traga confrontos mais exacerbados.
Porém o que percebemos é que os temas mais relevantes acabam ficando em segundo plano e a função efetivamente legislativa e fiscalizatória acaba pormenorizada.
Vamos recordar alguns destes confrontos:
– A ríspida discussão entre Estela Balardin e o então vereador Maurício Marcon. Estela acusou Marcon de racista e machista. O caso rendeu boletim de ocorrência e ainda denúncia contra a vereadora na comissão de ética. Estela argumentou a época que foi provocada.
– Sandro Fantinel, absolvido recentemente do processo de cassação, antes disso, em 2021, também foi reincidente em declarações lamentáveis sobre o governador Eduardo Leite e até Ulysses Guimarães. Falando em Fantinel aqui cabe um aparte. Diferente do que tenho lido e ouvido, não foi a MAIORIA da Câmara que o absolveu. Foram 9 dos 23 vereadores. Uma minoria, porém suficiente.
– Neste ano 6 processos de impeachment. Foram quatro contra o vereador Fantinel, já absolvido. Um contra o prefeito Adiló, também rechaçado pelo plenário e ainda em andamento o processo contra o vereador Lucas Caregnato.
Nesta semana, novamente o ex-vice-prefeito Ricardo Fabbris encaminhou 2 documentos para apreciação. Denunciou o prefeito Adilo Didomenico sobre o formato de uso da Maesa e novamente o prefeito em conjunto e a secretaria de saúde com seis pedidos de providência. A Saúde aliás é o tema palpitante do momento com a intenção do vereador Rafael Bueno, em propor uma CPI sobre as questões da saúde do município.
Infelizmente, não será por falta de polêmicas que essa legislatura será lembrada.