Exercício físico como tratamento de Osteoporose e Artrose

A osteoporose é mais comum em mulheres acima dos 45 anos, esta, deixa os ossos frágeis e porosos. À medida que vai progredindo com o avançar da idade, a doença aumenta o risco de fraturas, mais comumente do quadril, da costela e do fêmur. As mudanças hormonais que acompanham a menopausa interferem consideravelmente na perda e ganho de massa óssea. Isso porque há uma queda acentuada do estrogênio, hormônio importante na fixação do cálcio no osso. Nesse caso, a doença é classificada como osteoporose pós-menopáusica.

Neste caso, já que os ossos ficam porosos, a lógica talvez seria defender que o paciente deva se mexer pouco para minimizar a ameaça de fraturas. Esse raciocínio já imperou décadas atrás, mas vieram os estudos para derrubar mais um mito e revelar que, na verdade, doses frequentes de esforço físico combatem o enfraquecimento dos nossos ossos.

Não importa a gravidade do quadro, o exercício deve fazer parte do tratamento, tanto por amenizar a perda óssea como por diminuir o risco de tombos. Praticar exercícios para quem tem Osteoporose significa encontrar as atividades mais seguras e agradáveis ​​para você, considerando sua saúde geral e a quantidade de perda óssea. Não existe uma receita única para todos.

Neste caso, a atividade física regular pode aumentar sua força muscular, melhorar o seu equilíbrio, diminuir o risco de fratura óssea, manter ou melhorar sua postura e aliviar ou diminuir a dor.

Dos exercícios mais indicados para este tratamento, existem os exercícios de treinamento de força, especialmente aqueles para a parte superior das costas, atividades aeróbicas com levantamento de peso, exercícios de flexibilidade e exercícios de estabilidade e equilíbrio.

Artrose (osteoartrite), por sua vez, é uma doença das articulações que tem como possíveis causas obesidade, esforços físicos repetitivos e alguns esportes, como o futebol.

Os sintomas são dores nas articulações, que começa aos poucos e aumenta de intensidade no decorrer dos anos, rigidez e diminuição da mobilidade articular, neste caso, o enrijecimento tende a desaparecer segundos ou minutos depois que a pessoa começa a se movimentar, uma diferença importante com os casos de artrite reumatoide, em que pode persistir por horas, perda de flexibilidade, onde em alguns casos, a pessoa pode não conseguir dobrar como antes aquela articulação, rangidos e estalos na articulação e inchaço, quando há inflamação

O principal objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e permitir que os portadores levem vida normal, sem dor ou limitações de movimento. Com isso, o exercício é de fundamental importância.

É valido praticar exercícios com o intuito de melhorar a postura, visto que, ao adquirir uma postura cuidadosa ao sentar, levantar objetos e andar, pode-se evitar posições forçadas que sobrecarreguem as articulações. Exercícios isométricos (aqueles em que a pessoa fica imóvel, como a prancha) devem estar sempre no seu programa de treinamento, para conferir estabilidade às articulações. Controlar o ganho de peso também será um grande aliado neste tratamento.

Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, certificou a eficiência da caminhada no tratamento de pacientes com artrose de joelho e quadril. Num período de seis semanas, os participantes já apresentaram aumento nas funções de mobilidade e alívio nas dores.

A natação também é um ótimo exercício que não oferece impacto, por isso, é um dos mais apropriados para pessoas com artrose ou outros problemas nas articulações e juntas.

Para fortalecer a musculatura, vale investir na musculação e no trabalho de resistência, estudos demonstram importantes evidências de que submeter o paciente a um programa específico de exercícios supervisionados com pesos é mais eficaz do que simplesmente indicar a prática de atividade física, principalmente quando associada com redução do peso corporal entre 5% a 10%. Os exercícios de musculação exercem ações diretas no processo de reabilitação da artrose, pois é comum observar atrofia e fraqueza dos músculos ao redor da articulação lesionada, e somente a musculação pode recuperar essa região.