
No Brasil, Curitiba é um dos grandes exemplos de mobilidade urbana. Desde o planejamento de Jaime Lerner, a cidade estruturou corredores de ônibus que, na prática, funcionam como metrôs de superfície. Essa visão urbanística integrada transformou o transporte coletivo em referência mundial, ainda que infelizmente não tenha sido replicada em outras cidades brasileiras.
Na Europa, Milão é um caso inspirador. Após a Expo, a cidade investiu fortemente em um sistema multimodal: metrô subterrâneo, VLTs, bondes de superfície, ônibus elétricos, ciclovias e até pedágios urbanos para restringir o uso de carro no centro histórico. Essa diversidade de opções estimula o cidadão a optar pelo transporte coletivo, pela bicicleta ou pelo deslocamento a pé, tornando a mobilidade mais equilibrada e sustentável.
Dependência do Automóvel
A falta de prioridade de investimentos nos modais de transporte mantém a dependência do automóvel no Brasil. No entanto, redes de superfície adaptadas à topografia local, integrando entre modais e planejamento urbano consistente são bons exemplos de caminhos viáveis. Essas referências mostram que repensar a mobilidade urbana é essencial para construir cidades mais eficientes, humanas e menos congestionadas.