O Brasil está passando pela chamada “década perdida”, crescimento médio anual de 1,39% do PIB (Produto Interno Brutos), porém devemos admitir que o Brasil é um país improdutivo e que por tempos, cresce muito pelo seu bônus demográfico, o qual, está chegando ao fim, devido a mudança da nossa pirâmide demográfica. Nossa população está ficando mais velha e nossa força de trabalho ativa vem diminuindo consideravelmente, porém esse não é o principal motivo da improdutividade.
Recentemente, o renomado ex-presidente FED (Sistema de Reservas Federal dos Estados Unidos) Alan Greenspan, publicou um livro que revisa toda a formação histórica dos Estados Unidos, tornando clara as políticas que tornando o país na maior economia do mundo. É claro que devemos ponderar fatos e comparações, afinal a nossa colonização foi extrativista e não habitacional, como foi o caso dos EUA. Toda via, algumas lições devem ser tiradas deste “case de sucesso”.
Uma das principais lições, foi claro, a destruição criativa que pode ser resumida em uma palavra simples e usual nos tempos de hoje, inovação. O Estados Unidos, se tornou uma potencia muito pelo fato de sua segurança jurídica, atração de capital humano qualificado e sua mobilidade de capital. Cabe ressaltar que nos dados e conjuntura atual, um movimento pouco comum na economia americana vem acontecendo que é a estagnação produtiva, mas este assunto deixamos para um próximo artigo.
Traçando um paradoxo com o Brasil, notamos a clara discrepância com políticas públicas que busquem a produtividade total dos fatores. Somos um país com uma insegurança jurídica grande, para fecharmos ou abrirmos empresas é muito complicado, investimentos inadequados em educação, país absurdamente fechado ao comércio internacional e taxas de impostos escorchantes. Um país que não trabalha políticas públicas que gerem incentivos naturais para empreendedorismo e inovação, estará sim fadado ao baixo crescimento.
Grandes destruições criativas estão cada vez mais incomuns, esse movimento é mundial, porém é claro devemos nos iludir com o acaso e apostar na atração destas alternativas. Desde a descoberta da energia elétrica, aço entre outros, devemos lembrar que tudo passa por incentivos e esses são gerados de forma sistêmica pelos governos e suas políticas. O trabalho para tornarmos nosso país mais produtivo é longo, mas algumas medidas podem sim ajudar, Reforma Tributária e Abertura comercial.
O ideal brasileiro vai contra algumas doutrinas fundamentais para nos tornarmos um país desenvolvido, algo a ser considerado é que a inovação, destruição criativa e sociedade civil, podem tornar o futuro mais próximo, basta apenas governos e autoridades públicas, fornecerem condições básicas para o crescimento, como segurança jurídica e regras tributárias simples e modernas.