Opinião

Como prevenir problemas locomotores no meu pet?

Como prevenir problemas locomotores no meu pet?

Quem tem ou já teve pet, sabe que muitas vezes lesões em articulações, coluna ou musculatura acontecem, sendo o animalzinho jovem ou mais velho.

Agora, o que a maioria dos tutores de pet desconhece é o que fazer para evitar ou minimizar essas lesões.

A domesticação dos cães e gatos tem sido de grande importância para a qualidade de vida de nós humanos, tanto como forma de companhia e amor, quanto para adicionar atividades a nossa rotina. O que muitas vezes não nos damos conta é de que introduzimos esses animais em ambientes adaptados às nossas vidas e não as deles. Pisos lisos e escorregadios (parquet, porcelanato, laminado, por exemplo), escadas, sofás e camas altas. Todos esses itens promovem frequentes impactos no corpo do pet durante a vida dele nesse ambiente. A cada escorregão/deslize no piso, joelhos, quadril e coluna sofrem impacto, a cada salto da cama ou do sofá, ombros, cotovelos e cervical sofrem sobrecarga. Esses impactos frequentes podem predispor ou acelerar processos inflamatórios e degenerativos na coluna e nas articulações dos nossos pets, fazendo com que sintam dor, deixem de brincar, de querer passear ou tenham dificuldade em se posicionar para urinar ou defecar.

O que podemos fazer?
Para quem já tem um pet com acesso a cama e ao sofá, sabemos o quanto é difícil impedi-los de continuar com o acesso a esses locais, então devemos minimizar o risco de lesões que essa atividade ocasiona, por exemplo, colocando um puff, um tapete e/ou uma escadinha própria para pet para facilitar o acesso e amortecer o impacto. Agora, para quem ainda não tem, mas pensa em ter um companheiro peludo, tente acostumá-lo a não ter acesso a esses locais que necessitam que ele pule.

Adicionar tapetes, estrados emborrachados ou tatames no ambiente que o pet mais fica e que originalmente tem um piso escorregadio, também é uma adaptação para evitar lesões.
Evitar que os potes de alimentação (água e comida) tenham uma altura muito baixa em relação ao tamanho das patas, principalmente dos cães, o que evita sobrecarga em ombros, cotovelos e cervical, além de evitar possíveis episódios de refluxo. Tentar incrementar na rotina caminhadas diárias, em horários de temperatura amena, afim de estimular o funcionamento cardiorrespiratório, o desenvolvimento muscular, a qualidade articular e a manutenção do peso.

Lembrando que toda e qualquer dúvida na criação de um animal de estimação é de grande importância procurar a orientação de um médico veterinário.

Quem sou eu?

Jéssica Mello de Mello
– Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2014
– Especializada em Fisioterapia de pequenos animais pela Fisio Care Pet de São Paulo em 2017
– Trainee na área da fisioterapia animal nos anos de 2017 e 2018
– Atuação autônoma e exclusiva com fisioterapia de 2019 até hoje