Sim, existe e também pode ser chamada de cirurgia reconstrutiva. O objetivo desse tipo de cirurgia em animais não é a promoção de estética e sim de saúde. Há diversas opções de técnicas e, se possível, o veterinário cirurgião deve avaliar o paciente previamente para analisar a situação e realizar o planejamento cirúrgico. Para que você possa entender um pouco mais sobre assunto, que é bastante complexo, vamos falar sobre algumas situações onde a cirurgia plástica é utilizada.
Os animais braquicefálicos – aqueles de focinho curto – como é o caso de pug, shih-tzu e gato persa, podem apresentar dificuldades respiratórias por estreitamento das narinas e palato alongado. Esses pets se beneficiam de cirurgia plástica nas narinas e no palato, aumentando o fluxo de entrada de ar para as vias aéreas.
Flapes ou enxertos são necessários quando há uma lesão muito extensa e apenas o fechamento por aproximação da pele não é possível. Essas lesões podem ocorrer por traumas, como mordedura, atropelamento, queimadura, ou após a retirada de tumor extenso ou maligno, os quais precisam ser retirados com margem cirúrgica maior. Também é importante informar que esse tipo de procedimento exige cuidados mais intensos que um pós operatório comum, podendo precisar de manipulação de drenos e curativos/ bandagens específicas.
A tendência é que cada vez mais se use técnicas reconstrutivas, proporcionando sobrevida e qualidade de vida aos pets e evitando, por exemplo, amputações de membro desnecessárias.
Escrito por:
Med. Vet. M.a Larissa Dariva
– Graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – 2015
– Residência em Cirurgia de Pequenos Animais, UFRGS – 2018
– Mestrado em Ciências Veterinárias – ênfase em Videocirurgia, UFRGS – 2020
– Sócia do Colégio Brasileiro de Endoscopia e Videocirurgia Veterinária (CBEVV)
– Atualmente é cirurgiã volante, atuante em Porto Alegre e região metropolitana