Com a chegada do novo ano, um ciclo se inicia, trazendo consigo uma série de eventos que frequentemente escapam ao nosso controle e, principalmente, aos nossos desejos. Em certas ocasiões, desejamos acelerar ou retardar o tempo de acordo com as emoções presentes no momento. Mas afinal, o que é o “tempo”?
Para a física, o tempo é uma medida que quantifica a duração dos eventos no universo, relativo e suscetível as influências como velocidade e gravidade. No entanto, na esfera da sensibilidade humana, o tempo transcende a fria cronologia. Cada experiência traz consigo um intervalo único, esculpido pela intensidade que provoca em nossos corações. Compreender essa dinâmica possibilita uma absorção mais profunda dos resultados, moldando de modo marcante nosso processo evolutivo.
Neste contexto, é comum nesta época fazermos uma análise, avançando em direção a um futuro desconhecido ou ainda, retroceder revisitando nossas memórias e experiências passadas. Ambas as ideias são representações simbólicas, pois não refletem a realidade material. Sob outro enfoque, momentos bons tendem a passar mais rápido, enquanto momentos difíceis parecem arrastar-se. Podemos dizer então que a percepção do tempo é também subjetiva e influenciada por fatores emocionais e psicológicos e que a compreensão do mundo não se limita às experiências corpóreas.
A reflexão que proponho é que a vida se desdobra em múltiplas dimensões e está ligada à complexidade da natureza dos lapsos temporais. Isso sugere que a consciência pode ser influenciada não apenas por fatores físicos, mas também por diversos contextos e perspectivas. A velocidade com que os eventos ocorrem no mundo material difere daquela no mundo das ideias, já que não há obstáculos em seu caminho em direção ao nosso intelecto. Esse fenômeno reflete a relatividade do tempo, conforme elucidado por Einstein e explorado por filósofos. Em outras palavras, nossa percepção também está intrinsecamente ligada às nossas emoções.
Portanto, é importante viver intensamente cada momento, fazer das experiências negativas um ponto de aprendizagem e das vivências boas motivos de alegria e contentamento. Dessa forma, podemos aproveitar ao máximo a dinâmica do tempo e lidar com as emoções e desafios que enfrentamos ao longo da vida.