O atual governo, veio com uma solução mágica para o combustível, vamos mudar a sistemática de preços da Petrobras para diminuir o valor gasto no orçamento das famílias e com isso, melhorar a vida de todos. Parece bonito e casual, mas não é tão fácil assim. A ciência econômica tem suas leis e por mais que sejam desafiadas, sempre dão respostas duras sobre a realidade.
Houveram muitos questionamentos sobre como um produto “produzido” internamente, no caso o combustível, levaria em conta o dólar como fator de precificação, inclusive alguns candidatos fizeram cálculos esdrúxulos e sem qualquer noção para provar que o PPI (Política de Paridade de Importação), não era necessário.
Recentemente, diversas notícias têm relatado desabastecimento de diesel em diversos locais, muito pela mudança no sistema de preços da Petrobras que na ponta, aparentemente baixou, mas o Petróleo Brent de março para cá, passou de USD 72,49 para USD 84,59 o barril. Aumento considerável que pressiona muito a defasagem dos custos em relação ao preço do diesel e gasolina. O parâmetro atual é uma diferença de 28% no diesel em relação ao PPI, ou seja, estamos tendo prejuízos nas importações e tende a piorar, devido a escalada do câmbio com impacto do cenário externo.
O governo anunciou um aumento no combustível, de 25,8% no diesel e 16,3% na gasolina, afinal a defasagem dos importadores estava muito grande em relação aos custos. Eis a questão, novamente as leis da economia dão um recado a priori: não existe populismo no mundo que irá provar o contrário sobre as leis da economia, caso tivessem seguido a precificação internacional e buscado cortes no orçamento para reduzir impostos, tudo seria diferente.