Dentre as várias estratégias nutricionais que existem para facilitar a perda de peso, uma das mais populares, atualmente, é a dieta do Jejum Intermitente (JI). O jejum intermitente é considerado uma forma de emagrecimento que visa intercalar períodos alternados de privação alimentar e realimentação, com o objetivo de mobilizar os estoques de gordura corporal e promover consequentemente sua redução. Apesar de diversos estudos que buscam responder as questões referentes ao JI, ainda pouco se sabe sobre a eficiência dos diferentes protocolos estudados e de sua potencialidade sobre o metabolismo.
Alguns estudos trazem as informações de que o JI, além de emagrecer e reduzir gordura localizada, é capaz de gerar demais benefícios para a saúde do nosso organismo, entretanto, para conseguir estes benefícios, a estratégia mais comum para iniciar o jejum seria ficar sem comer por 14 ou 16 horas, apenas ingerindo líquidos como água, chá e café sem açúcar, mas deve-se destacar que este estilo de vida só é aconselhado para pessoas saudáveis e ainda assim, é necessário o acompanhamento de um médico e de um profissional de nutrição, que tenha conhecimento a este tipo de jejum, para garantir que seja feito de forma correta trazendo benefícios para a saúde.
Quanto a contraindicações do JI, deve ocorrer em qualquer situação de doença, especialmente em casos de anemia, hipertensão, pressão baixa ou insuficiência renal, ou que precisam usar medicamentos controlados diariamente. Com isso, a realização do JI não é indicado para pessoas com histórico de anorexia ou bulimia, diabéticos, crianças pequenas, pessoas com pouco peso ou que tenham pressão arterial baixa e gestantes ou mulheres que estejam amamentando. No entanto, mesmo pessoas saudáveis, devem se consultar com seu médico para avaliar como estão as condições do corpo e realizar exames que avaliem a glicemia, por exemplo, antes de iniciar este tipo de jejum.
De um modo geral, conforme alguns estudos e experiências, é possível perceber que o jejum intermitente tem efeito metabólico superior a restrição calórica, e, quando associado com exercício pode apresentar um efeito muito mais intenso se comparado ao não associado.
É necessário conhecermos nosso corpo e respeitá-lo, avaliando nossas individualidades. Muitas vezes, gerar um estresse ao nosso organismo, além do que ele é capaz de suportar, apenas por objetivos estéticos, não é compensatório. Diferente de aprender a conhecer o nosso organismo, sabendo até onde podemos ir com ele de forma saudável e benéfica. Ainda assim, ficam muitos questionamentos sobre possíveis adaptações biológicas e efeitos futuros sobre o risco de doenças que possam ocorrer em indivíduos que praticam jejum intermitente.