Meu amigo Jorge chamou a atenção e eu fui conferir. O Vale dos Vinhedos é um dos principais atrativos turísticos da cidade. Além dos vinhedos – que ainda se vê – e dos inúmeros empreendimentos, de vinícolas a cafés, de exposição de minicarros a passeio de quadriciclos, pousadas e hotéis, agora também florescem placas e flâmulas.
Veja bem, não estou falando das bonitas placas indicativas patrocinadas por um cartão de crédito padronizadas por iniciativa da Aprovale. Nem aquelas escritas em dialeto indicando o caminho pra chegar a Monte Belo. Estas são úteis e necessárias (foto ao lado) Falo de um novo padrão, são flâmulas no melhor estilo “compro ouro” ou boneco de posto de gasolina. Tem um outdoor nanico com armação na cor amarela, vendendo serviço de uma clínica odontológica. Outras placas dizendo que faltam tantos quilômetros para a vinícola tal, depois menos tantos quilômetros para a mesma vinícola. Fiquei esperando a placa mandando voltar porque já tinha passado e deveria retornar.
Vivemos um momento em que se debate sobre a conveniência ou não de grandes empreendimentos, no Vale, de não permitir que a rota se transforme numa disneylândia cucaracha ou uma cópia da estrada entre Gramado e Canela.
São discussões importantes e determinantes. Na sessão de segunda-feira., mais uma vez o presidente do Legislativo, Rafael Pasqualotto bradou contra os interesses de Conselhos Municipais e as dificuldades que eles criam aos investidores. Não vou entrar no mérito, mas quero sugerir que se preste atenção no mantra que o próprio Prefeito Diogo Siqueira costuma repetir: fazer o simples com esmero. Porque não começar, caros vereadores, regulamentando o tipo de placas na estrada que agora é municipal? O centro de Bento Gonçalves já foi alvo de uma lei assim. Então é quase uma questão de um control C control V. Dá pra salvar o Vale, seja em grandes decisões, seja com uma faxina rápida.
Queria convidar ainda o prefeito Diogo ou a fiscalização da secretaria de Obras (tem uma, né?) dê uma caminhada pela calçada da rua Júlio de Castilhos na quadra do edifício Marista. É toda cheia de calomobos, cano de esgoto brotando. Nada digna aquela calçada de uma rua central e com comércio forte. Com um empurrãozinho da Prefeitura os proprietários se cotizam e pagam uma reforma geral, pedra por pedra. Do jeito que está é uma vergonha e um desrespeito com o pedestre.