Tirinha por Iotti
Tirinha por Iotti

Não adianta me xingar. O nome da Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos, veio sim das roupas velhas, gastas e esfarrapadas que os revolucionários usavam.

Esse fato não desmerece as comemorações, porque, afinal, para nós o importante é comemorar, seja se ganhou, perdeu, empatou ou nem jogou.

Agora apertem as guaiacas e, para comemorar a Semana, conheça os ditados brasileiros verdadeiros _ caso os Farrapos fossem vitoriosos.

  • A pressa é inimiga do chimarrão.
  • Cusco que ladra também morde.
  • Pilcha suja se lava em casa.
  • Mentira tem perna curta, mas trota muito rápido.
  • Onde há fumaça, há churrasco.
  • Quem tem boca vai à Nova Roma.
  • Quem semeia vento, colhe energia eólica.
  • Não adianta chorar pelo leite não ordenhado.
  • Salvo pelo porongo.
  • Quem declama seus males espanta.
  • Filho de bagual, abagualado é.
  • Não se pode agradar a porto-alegrenses e a vacarianos.
  • Aqui não é o CTG da Mãe Joana.
  • Melhor um pila na mão do que dois voando.
  • É trovando que se aprende.
  • De piazinho é que se torce o pepino.
  • À noite todos os pangarés são mangalarga.
  • Cor de cusco quando foge.
  • Fandangos e bolichos, entreveros à parte.
  • Cada esgualepado no seu galho.
  • Em terra de macanudo quem tem um relho é rei.
  • Diz-me o que montas e eu te direi quem és.
  • Para baixo todo pangaré ajuda.
  • O arreio sempre arrebenta na cilha mais fraca.
  • Cada um sabe quando os butiá caem dos bolso.
  • Vacas que foram pro brejo não movem moinhos.
  • Quem lagarteia sempre descansa.
  • O remendo ficou pior do que o rombo.
  • Quem peleia com porcos, torresmo come.
  • Para bom entendedor, um bah basta.
  • Tudo o que é tri dura pouco.
  • Há barbaridades que vem para o bem.
  • Não julgue o vivente pela bombacha.
  • Graspa ardente em cabeça dura, tanto bate até que cura.
  • Quem não tem cusco não caça nem sabe o que está perdendo.
  • Um dia é do caçador e o outro também.
  • Gaúcho no inverno tem medo de água fria.
  • Quando a prenda não quer, o peão não briga.

Créditos póstumos: Esta coluna foi inspirada no livro “O Homem do Castelo Alto” do Philip K. Dick, um romance de ficção científica retratando um mundo distópico após a Alemanha e Japão vencerem a segunda guerra.