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A melancolia sem fim da dupla GreNal

A fase de Grêmio e Inter não gera vontade para acompanhar o maior clássico do futebol brasileiro

A melancolia sem fim da dupla GreNal

A expectativa e mobilização para o GreNal deste domingo é mínima. Talvez a menor nos últimos 20 anos. A fase de Grêmio e Inter não gera vontade para acompanhar o maior clássico do futebol brasileiro, e talvez um dos principais do mundo.

Há anos a dupla vive uma melancolia sem fim. O Grêmio, que recém voltou da segunda divisão, sentiu a obrigação de dar uma reposta à torcida. Até aqui, ela não veio dentro de campo, ao menos não efetivamente. Por mais que tenha levado as taças do Gauchão e da Recopa Gaúcha, o maior “título” é ter Luis Suárez no elenco. Pelo lado do Inter, nada, absolutamente nada foi visto em 2023.

Renato Portaluppi e Mano Menezes tem uma boa parcela de culpa nisso tudo. O técnico gremista, como se caracterizou nos últimos anos, está mais preocupado em retrucar jornalistas nas coletivas de imprensa e pedir contratações do que focar em uma resolução tática. O colorado, por sua vez, admite que erra, mas não resolve o problema do Inter dentro de campo.

Os torcedores de Grêmio e Inter vivem, nesta temporada, uma abstinência de desempenho. De um lado, apenas a qualidade e o estrelismo mundial de Luis Suárez é capaz de salvar o Tricolor. Do outro, somente os dias inspirados, e que podemos dizer que são corriqueiros, de Alan Patrick entregam um “que a mais” ao Colorado.

É bem verdade que a torcida lotará a Arena do Grêmio no domingo, seja na parte dos donos da casa como no espaço dos visitantes, mas isso não é reflexo do que se vê em campo, e sim um amor descontrolado pela instituição que torcem.

Hoje, os representantes tanto de Grêmio como de Inter não parecem entender o que representam. É urgente resolver este problema. É urgente olhar para dentro da Arena e do Beira-Rio e identificar o que está causando essa falta de bola no pé e desempenho.

A dupla GreNal precisa reencontrar o seu caminho. Mas é preciso lembrar que não basta ganhar o clássico, tem que bater de frente com as potências nacionais e sul-americanas.