A escalação ainda não está definida, mas os movimentos já não são mais secretos ou sequer discretos. A direita caxiense está em franca articulação e arregimentando forças para a disputa ao executivo. Será a terceira via de uma eleição que tem o centro disputando a reeleição de Adiló Didomenico e a esquerda vitaminada pelo governo federal em busca de voltar a prefeitura com Denise Pessôa.
O partido escolhido para ancorar este movimento é o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Partido de pouquíssima representatividade na cidade, a estratégia parece ser mesmo de utilizar a potencialidade alavancada nas últimas eleições presidenciais e os recursos provenientes da grande bancada federal eleita. O ex-candidato a vice prefeito pelo Novo, Cesar Bernardi, comandará provisoriamente o partido. A legenda ganhou um vereador e uma bancada com a ida para o partido de Sandro Fantinel, que foi expulso do Patriotas em virtude do processo de impeachment do qual acabou absolvido. São sondados ainda os vereadores Adriano Bressan (PTB) e Gládis Frizzo (MDB).
O nome para candidatura segue sendo de Maurício Scalco, que deve migrar para o PL na janela prevista para início de 2024, tendo como principal cabo eleitoral o deputado Federal mais votado na cidade na últimas eleição pelo PSD, Maurício Marcon. Alguns partidos já demonstram claramente que estarão juntos nestas fileiras, como o Progressistas que tem agora o vereador Bortola como presidente e o Republicanos com o vereador Fiuza.
Era perceptível para quem acompanha os movimentos do legislativo esta versão mais opositora de Scalco. Tem sido mais contundente do que de praxe contra os atuais mandatários em nível municipal, estadual e federal, certamente para destacar-se e marcar a posição de quem almeja apresentar-se como alternativa.
Se a estratégia parece correta do ponto de vista de antecipação, corre por outro lado um risco. A exposição também o coloca como alvo. No ditado popular “prego que se destaca, também está sujeito a martelada”. Como serão conciliados os fortes discursos do Partido Novo de posição contrária a utilização de recursos do fundo partidário, com a postura do PL de Valdemar da Costa Neto de reconhecida fisiologismo político?
Como reagirão os partidos de centro com a antecipação deste movimento? Serão cenas para os próximos capítulos.