Em meio aos ataques do atual governo ao Banco Central, os alimentos não param de subir na prateleira dos mercados. De um lado desta discussão, está um governo que não se importa com o aumento de preços e de outro um Banco Central que quer controlar a inflação.
A disputa chega a ser desleal. De uma lado, o governo conta com uma legião de apoiadores e “especialistas” que afirmam que o problema são os juros altos e não o aumento generalizado de preços que vêm punindo os brasileiros ao longo de 2022 e agora 2023. Do outro lado, temos a voz solitária de Roberto Campos Neto considerado o melhor banqueiro central de 2022.
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Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES), a inflação da cesta básica nos últimos 12 meses foi de assustadores 16,96%. Observando apenas o grupo de alimentos que compõe a cesta o número aumenta: 17,92%. O último dado divulgado de fevereiro de 2023 apontou alta de 0,92%. Ao compararmos com o IPCA, índice de inflação nacional divulgado pelo IBGE, veremos que o índice de Caxias do Sul foi superior, o IPCA de fevereiro foi de 0,84%.
Pois bem, estes dados denotam uma inflação ainda elevada e persistente, quase 20% de alta nos preços em um ano é muito acima do que qualquer trabalhador recebe de reajuste. Um governo leniente com uma inflação mais alta e ainda que tenta derrubar os juros por pura politicagem sem embasamento econômico algum, trará muito sofrimento para o brasileiro, principalmente, o pobre que gasta a maior parte de seu salário para comprar mantimentos.
