
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), descartou a ideia de federalizar a Rota do Sol durante encontro da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), no Palácio Piratini, nesta quinta-feira (18). Um investimento de R$ 393 milhões está previsto para a rodovia, que hoje é a principal ligação entre a Serra Gaúcha e o Litoral Norte.
Em resposta ao Grupo RSCOM, Leite relembrou outras obras do governo federal que estão paralisadas no Rio Grande do Sul para garantir que o movimento não seria uma resolução.
“Federalizar não é uma solução porque o governo federal não consegue fazer as obras que já estão contratadas. A duplicação da BR-116 era para terminar em 2014, nós estamos em 2025 e a obra está lá até hoje, se arrastando. A BR-290 também está com obras paradas em vários pontos”, afirmou o governador.
Como possível solução, o chefe do Executivo gaúcho citou a possibilidade de discutir um programa de concessão futuramente. Ele ainda garantiu que em seu último ano de governo, sua equipe fará estudos e projeções para que as próximas gestões analisem diferentes alternativas à Rota do Sol.
“O governo federal não tem essa capacidade, a verdade é essa, estamos vendo sucessivos déficits fiscais da União, e é ilusão achar que passar à União resolve. Então nós vamos fazer a recuperação intensiva da Rota do Sol com quase R$ 400 milhões que o Estado vai aplicar lá, por meio do Fundo da Reconstrução, e acho que futuramente vai ter que ser discutido um programa de concessão na Rota do Sol, e através dessa condição que ela estiver, fazer melhorias e melhor manutenção”.
Eduardo Leite afirmou que as manutenções previstas na Rota do Sol devem refletir no fluxo do veraneio, mas haverá trabalhos voltados para reduzir os impactos na rodovia. Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o serviço deve começar em janeiro de 2026.
Infraestrutura, campo e desastres climáticos
Durante a coletiva, diversos assuntos foram abordados pelos veículos de imprensa. Entre eles, destacaram-se as questões de infraestrutura, como as obras do Aeroporto de Vila Oliva, em Caxias do Sul. Também foi mencionado o programa Terra Forte, que prevê o repasse de R$ 30 mil para 10 mil famílias, destinados à compra de insumos com o objetivo de aumentar a produtividade. O investimento total estimado é de R$ 300 milhões.
Além disso, foram discutidas questões climáticas, como a necessidade de reforçar os sistemas de alerta, bem como realizar levantamentos e estudos para acompanhar a rápida evolução dos níveis dos rios.
A coletiva foi transmitida ao vivo pelo YouTube, no canal do Governo Estadual, e retransmitida pelo Portal Leouve, onde você pode conferir a íntegra clicando aqui.