
O governo do Estado iniciou na terça-feira (2) a demolição do antigo Presídio Estadual de Bento Gonçalves, na Rua Assis Brasil, no Centro. A estrutura, inativa desde 2019 e marcada por décadas de superlotação e problemas de segurança, será completamente derrubada em até 45 dias.
A empresa DD Vargas Terraplanagem, de Novo Hamburgo, executa o trabalho por R$ 330,8 mil, sob fiscalização da 16ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop). A equipe começou pela limpeza interna do prédio, que ainda acumulava móveis, papéis e resíduos após anos de abandono.


A remoção do telhado de amianto ocorre de forma manual, assim como a retirada de telhas e da caixa d’água. O material, considerado contaminante, não pode ser descartado junto ao entulho comum. A demolição mecanizada também já começou nesta sexta-feira (5) e deve se intensificar na próxima semana.
Vídeo: 16ª Crop/Especial Leouve


Fotos: 16ª Crop/Especial Leouve
Destino da Área
O terreno tem cerca de 9 mil metros quadrados, dos quais 1,8 mil correspondem à área construída que será demolida. Três delegacias instaladas no mesmo espaço permanecem em funcionamento e só serão removidas quando a nova Central de Polícia Civil ficar pronta, prevista para outubro de 2026. Apenas após essa transferência o Estado decidirá o destino da área.
A 16ª Crop acompanha semanalmente o andamento da obra com relatórios e registros fotográficos. Segundo o coordenador Heitor André Tartaro, a demolição será inteiramente mecânica, sem explosivos, devido à localização central do prédio. Todo o entulho será destinado a depósitos licenciados.
Histórico do Presídio
Construído na década de 1970, o presídio chegou a abrigar 385 detentos, quase quatro vezes a capacidade original de cem vagas. O local acumulou episódios de rebeliões, fugas e denúncias de precariedade. Após o fechamento em 2019, o espaço passou a servir como estacionamento para servidores das delegacias vizinhas.