Negócios e Mercado

Setor de serviços e comércio ainda sentem impacto econômico causado pela pandemia em Caxias do Sul

O Conselho Temático de Economia e Finanças da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) sintetizou os assuntos de maior relevância da conjuntura econômica em um documento divulgado nesta segunda-feira (23). Os conselheiros analisaram o panorama nacional e seu desempenho. Em Caxias do Sul conforme a análise, ainda é sentido, […]

(Foto: Isa Severo/Grupo RSCOM)
(Foto: Isa Severo/Grupo RSCOM)

O Conselho Temático de Economia e Finanças da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) sintetizou os assuntos de maior relevância da conjuntura econômica em um documento divulgado nesta segunda-feira (23). Os conselheiros analisaram o panorama nacional e seu desempenho.

Em Caxias do Sul conforme a análise, ainda é sentido, os efeitos da pandemia, principalmente nos setores de serviços e comércio.

Apesar das dificuldades ocasionadas com a escassez e elevação nos preços das matérias-primas, os resultados positivos refletem o aquecimento da atividade econômica, decorrente, entre outros fatores, da flexibilização de atividades com o avanço da imunização no País.

Outro fator positivo e merecedor de destaque, que acaba corroborando com o viés de retomada da atividade econômica, são os saldos do mercado de trabalho. Mês a mês em 2021, a contratação vem aumentando, superando os números de 2019 em 2% no total de trabalhadores formais.

Com isso, há sinais de que a atividade econômica vem ganhando força. A abertura gradual da economia, aliada à segurança da vacinação e por consequência, redução nos índices de contágios, internações e óbitos, vem caminhando de forma positiva.

Eles ainda traçam um cenário de curto e médio prazo para economia brasileira e apontam os principais aspectos que interferem na atividade econômica, a fim de apoiar as empresas associadas no entendimento dos impactos nos negócios e na gestão.

Conforme os integrantes do conselho houve pequeno ajuste na projeção do PIB mundial tendo em vista alguns revezes a partir da disseminação da variante Delta, sobretudo na Ásia e, por conseguinte, redução no PIB da China.

Nos EUA, a inflação é motivo de monitoramento e expectativa em relação ao aumento na taxa de juros por lá. O avanço de nova variante do coronavírus também merece cautela. Por isso, houve pequeno ajuste para baixo na projeção do PIB americano.

As estimativas para o PIB brasileiro aumentaram em relação ao trimestre anterior. Os principais relatórios de conjuntura econômica apontam para um crescimento acima de 5%. A inflação persiste em patamares mais altos, tendo como principais causas os desequilíbrios nas cadeias produtivas, o alto preço das commodities e o câmbio desvalorizado, apesar do ajuste para cima na Selic. Portanto, a Selic deve continuar sendo elevada até um patamar em que voltemos a ter juros reais positivos.

Fator preocupante aparece nos níveis de negócios com o mundo. O gráfico ao lado mostra que é perceptível a queda nos níveis de exportação. Isso traz uma visão de perda de mercado internacional, com expressiva queda no superávit da balança comercial. Este cenário é reforçado por fatores como a perda de competitividade, aquecimento do mercado doméstico e a crise econômica na Argentina, importante parceiro comercial do Brasil, em especial de Caxias do Sul e Região.

Integram o Conselho Temático de Economia e Finanças da CIC Alexander Messias, Astor Milton Schmitt, Carlos Zignani, Joarez Piccinini, Marcos André Rossi Victorazzi, Maria Carolina Rosa Gullo, Nestor Pistorello e Tarciano Melo Cardoso.