Mais de 200 capiteis separados em diferentes roteiros e espalhados em cinco municípios: Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Garibaldi, Pinto Bandeira e Bento Gonçalves. A Rota dos Capitéis, Caminhos da Imigração e da Fé é o mais novo atrativo turístico que vai explorar as belezas naturais e a religiosidade da região da Uva e do Vinho. O projeto torna Bento o elo de ligação entre os municípios e foi apresentado na noite de segunda-feira no Centro Empresarial da cidade. Além dos municípios envolvidos a iniciativa conta com o apoio do CIC-BG e do Sindicato das Empresas de Gastronomia. O roteiro pode ainda ser estendido até 10 municípios.
O projeto começou a ser formulado em fevereiro, sendo idealizado juntamente com o Centro da Indústria Comércio e Serviços- CIC BG. “Juntos iniciamos um novo capítulo na história do turismo regional. Rota dos Capiteis: Caminhos da Imigração e fé, e aqui está a essência do projeto, esse é o elo que vai nos unir: a nossa história. A rota será um forte elo de ligação das cidades que compõem a região. Como todo projeto bem planejado precisa de uma partida, hoje temos os cinco primeiros municípios para compor a rota com a simbologia dos capiteis que nos une”, destaca o presidente do CIC-BG, Rogério Capoani(foto ao lado).
De acordo com o secretário de Turismo, Rodrigo Ferri Parisotto (foto abaixo) o roteiro pretende ser uma nova alternativa integrando três formas de fazer turismo: caminhada, cicloturismo ou até mesmo de carro. “Esse projeto tem a possibilidade de um crescimento contínuo, e hoje apresentamos as primeiras rotas com os cinco Municípios da região. Quanto mais locais tivermos para visitar, mais tempo o turista permanece no local. Bento é a conexão entre as cinco cidades. A identidade visual carrega o elemento do capitel, os traços da Serra Gaúcha e a áurea da fé. Cada capitel tem uma coordenada, que a pessoa consegue localizar. As normas utilizadas são da ABNT com sinalização e placas de apoio, história da família e do espaço. Será um grande projeto”.
Duas obras literárias serviram de fonte de pesquisa para o projeto. Uma delas é o livro do Capitel de Fabiano Mazzotti. “Compreendendo a atividade turística como um grande movimento que as pessoas fazem por causa da cultura, e entendendo a cultura de um povo configurada por diferentes elementos, sendo esses, a paisagem e religiosidade. Fico feliz que duas obras culturais receberam a atenção para servir de um processo que tem a economia dentro disso tudo. A grandeza da rota não está no ponto final, mas no processo”, destaca.
E a outra é “Perto das Estrelas” de Charles Tonet e Tânia Tonet, com fotos de Vicente Silveira. Com trabalho de pesquisa feito pelo Circolo Trentino di Garibaldi e liderado pelas integrantes Mônica De Antoni Farias, Ângela Maria Peretti e Edi Mattuella Debenetti. “Estamos felizes por nosso trabalho ter contribuído com esse momento. Lembramos sempre das nossas raízes, origens, quem somos para saber o caminho e onde queremos chegar. Não foi fácil concluir este trabalho, e hoje a gente vê o quanto foi importante ter insistido e persistido em buscar estes espaços da nossa história”, ressalta Edi.
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A prefeita de Santa Tereza, Gisele Caumo salientou que “é um trabalho em conjunto que une os municípios, afinal estamos falando de turismo. E o turismo não é uma ilha, e quanto mais trabalhado em conjunto melhores serão os resultados. Acredito que a noite seja de agradecimento e reconhecimento a todos que estão envolvidos nos livros, nas terras onde estão os capiteis, o setor privado, as gestões municipais. Ensejo que este projeto seja o primeiro de muitos, fazendo com que nossa linda região seja cada vez mais desenvolvida e aprimorada”.
O prefeito de Pinto Bandeira, Hadair Ferrari também falou sobre a união dos Municípios. “Se nós temos fé vamos longe, esse vai ser um resgate dos capitéis, cada um tem uma história, 113 estão entre Bento, Santa Tereza, Monte Belo do Sul e Pinto Bandeira. Para um nós é uma honra estarmos juntos. Certamente serão criadas rotas de caminhadas, de ciclistas. Uma referência”.
Bento Gonçalves será o elo entre todos os Municípios criando as conexões entre os capitéis. “O nosso senso comum era algo da fé, da religiosidade. Estamos chegando em um patamar de turismo, onde não retrocede mais, tenho uma indústria forte, um comércio, setor da uva e vinho, e o turismo vai crescer cada vez mais e precisamos ter novidades. Obviamente todos municípios ganham juntos com esse projeto”, disse.
Os próximos passos são a aprovação do projeto, processo licitatório para execução, criação da identidade visual, busca de parceiros, lançamento nas cidades e promoção do roteiro.
