CUIDADO

Plano Nacional reforça proteção da maçã na Serra Gaúcha contra praga internacional

Municípios como Vacaria e Caxias do Sul contam com armadilhas instaladas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que hoje soma mais de 100 equipamentos em operação também em Bom Jesus, Arvorezinha e Anta Gorda.

Foto: Freepik
Foto: Freepik

Serra Gaúcha - O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) colocou em vigor o Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Cydia pomonella, a traça-da-maçã, praga considerada uma das maiores ameaças à fruticultura mundial. A medida, publicada no Diário Oficial da União, busca garantir que o Brasil siga livre do inseto, status reconhecido internacionalmente desde 2014.

A Serra Gaúcha, principal região produtora de maçã no país, está no centro das ações de monitoramento. Municípios como Vacaria e Caxias do Sul contam com armadilhas instaladas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que hoje soma mais de 100 equipamentos em operação também em Bom Jesus, Arvorezinha e Anta Gorda.

De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, a erradicação da Cydia pomonella em território brasileiro foi histórica.

“A erradicação foi um exemplo de cooperação entre produtores, empresas, setor público e privado, Mapa e Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que propiciou a primeira erradicação de um inseto em nível mundial. Essa proteção fitossanitária potencializou a exportação de maçã e pera para diversos países”, destacou.

O Plano Nacional (PNPV-Cydia) estabelece diretrizes como a instalação de novas armadilhas com feromônio em áreas de risco, fiscalização em pontos de ingresso de produtos vegetais, capacitação de fiscais e medidas emergenciais de contenção e erradicação em caso de detecção da praga.

A traça-da-maçã, originária da Europa, já está presente em países vizinhos como Chile, Argentina e Uruguai, que também são grandes exportadores de maçã e pera. No Brasil, o risco de introdução preocupa produtores da Serra Gaúcha, do Planalto Catarinense e do Sul do Paraná, regiões responsáveis pela maior parte da produção nacional.

Com a nova medida, o setor espera manter a competitividade internacional da maçã brasileira e preservar milhares de empregos ligados à cadeia produtiva da fruta.