Bento Gonçalves

Política, prédios de alto padrão e confraternização no Meeting da Construção

Política, prédios de alto padrão e confraternização no Meeting da Construção

Em evento para 250 pessoas, especialmente àquelas que atuam no ramo da construção civil e afins, a Ascon Vinhedos realizou na noite desta quinta-feira,12, a 8ª edição do Meeting da Construção. Segundo o presidente da entidade, Adriano de Bacco, o evento a cada ano que passa se consolida como fonte de informação dos associados mostrando direções sobre e como ousar, mudar, avançar. “É uma oportunidade única para que possamos acompanhar a evolução de um mercado e de um consumidor sempre em evolução e também para acompanhar as mudanças técnicas ou políticas e econômicas do país”. De Bacco entende que o evento está sólido por dois indicadores indiscutíveis: 250 participantes para uma atividade com ingresso pago, é o recorde das oito edições; os patrocinadores, muitos que se repetem por várias edições e outros novos que se somam para usufruir do sucesso do Meeting.

O analista político e sócio da XP Investimentos Erich Decat pintou um panorama político do Brasil recente e tentou desmistificar algumas situações da história recente do país. Inicia mostrando que o número de 379 votos a favor da reforma da previdência é significativo e demonstra a consolidação de uma mudança que não viria não fossem alguns acontecimentos decisivos. Entre eles as manifestações nas ruas em 29 de maio em que o Centrão e até o presidente do Congresso Rodrigo maia e seu partido o Dem, são acusados de prejudicar ou entravar as reformas. “Some-se a isto as manifestações de estudantes nas ruas e a queda na popularidade do presidente Bolsonaro mesmo antes dele completar seis meses de Governo e a classe política entendeu o recado: deu ruim”.

Decat também desmistificou a imagem que se faz das emendas parlamentares. “As emendas não são más, ruim é o que delas se faz”, sustentou ao exibir vídeos dos anões do orçamento, ou das fraudes com desvios em compras de ambulância – o caso das sanguessugas da saúde. “Ora, destinar 2,9 bilhões de reais para aprovar uma reforma que significará economia de 900 bilhões, não é um mau negócio”.

Crise é quando os poderes andam em descompasso

Por fim, ao responder uma pergunta do público sobre o tratamento que a imprensa dá ao Governo Bolsonaro, o analista que é jornalista de formação, disse que as crises com a imprensa são normais e não abalam o mercado. “Crise real é quando o Executivo quer ir para um lado e o Legislativo vai para outro. As pautas bomba, em abril do ano passado, resultaram em prejuízo de 100 bilhões de reais. Na época do presidente do Congresso Eduardo Cunha foi parecido. O Governo tinha elencado projetos importantes e ele definiu como prioridade atender os pedidos da bancada BBB – boi, bala e bíblia.

Por fim, sem se atrever a fazer grandes projeções para a economia, Decat avaliou que o mercado está de olho nas cessões onerosas do petróleo: é uma injeção de 100 bilhões de reais na economia, e nas privatizações.

Selo Verde e mercado alto padrão

Na parte mais técnica do jantar o Diretor de Incorporação da empresa Laguna Construções, de Curitiba, Eng. Civil André Luis Martinez Marin apresentou os princípios e algumas das obras da empresa que se especializou em ofertar ao consumidor de alto padrão obras conceituais, ou “imóveis-arte”.

Para se ter noção do tamanho da empresa, que se originou em outros ramos da economia um século atrás, a construtora gira com empreendimentos na ordem de 300 milhões de reais por ano. “Claro que enfrentamos problemas com a crise. Em 2017 não tivemos nenhum lançamento”, informou Marin ao portal Leouve.

Os prédios – corporativos ou residenciais – da Laguna também se diferenciam por serem sustentáveis. “Usamos muito o vidro, então é preciso oferecer conforto térmico e sonoro. Energia solar é outro quesito. A Laguna é a construtora do sul do país com o maior número de selos de sustentabilidade, o que é bem percebido, por exemplo, quando multinacionais precisam se instalar em edifícios comerciais.

Nas obras residenciais, a Laguna não usa o termo apartamento, mas residências suspensas. Não é para menos, são lares com 300, 500 e 600 metros quadrados. E o mercado? Curitiba tem dois milhões de habitantes, mas a Laguna tem um mercado estimado em não mais do que 20 mil consumidores. Tem dado certo.

Melissa Berrtletti Gauer do Ipurb, o presidente da Câmara Rafael Pasqualotto e o Secretário de Obras Amarildo Lucatelli
250 profissionais participaram do encontro
O presidente da Ascon, Adriano De Bacco e convidados