Black Friday
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A Black Friday deve movimentar intensamente o varejo gaúcho, de acordo com uma pesquisa da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, realizada para conhecer a intenção de compra dos consumidores do Estado. O levantamento realizado entre os dias 30 de outubro e 7 de novembro, com 388 consumidores de 55 cidades, mostrou que o RS se diferencia positivamente em ticket médio, com preferência por categorias de alto valor, além de apresentar forte tendência de omnicanalidade.

O ticket médio deve ficar em R$ 1.286,84 – valor 59% superior à média nacional, de R$ 808, estimada por um estudo da CNDL/Gauge. Essa diferença se ampara, por exemplo, na intenção de compra de produtos de maior valor agregado e também no próprio perfil do Estado, onde o consumo está mais aquecido, como comprova um outro dado da pesquisa: 41,5% dos entrevistados pretendem gastar mais do que na edição passada da Black Friday.

“A pesquisa confirma aquilo que o setor já vem percebendo no dia a dia. O consumidor gaúcho está mais preparado, mais informado e mais disposto a investir na Black Friday deste ano, uma data em que as compras, geralmente, são mais voltadas para o próprio consumidor, o que faz com que ele invista um pouco mais. Observamos um público exigente, que compara preços antecipadamente e transita com naturalidade entre canais físicos e digitais”, opina o presidente da Federação Varejista, Ivonei Pioner.

Enquanto eletrônicos perdem força e moda/beleza crescem como os itens mais procurados no país, as categorias de alto valor seguem dominantes na preferência do gaúcho. Ainda que 41,2% não definiram o que vão comprar, demonstrando grande espaço para influência de campanhas de varejo nos próximos dias, itens como smartphones (12,4%), eletrodomésticos (11,6%) e eletroportáteis (8,5%) recebem grande intenção de compra dos gaúchos, mesmo que artigos de vestuário/calçados (15%) liderem.

Também se destaca no levantamento a exigência do consumidor em relação às ofertas. Do total de entrevistados, 68% esperam descontos acima de 30% e costumam acompanhar os preços com antecedência. Quase 60% deles pesquisam os preços entre 15 e 30 dias antes, ao passo que 14,7% deixam para o dia ou véspera. Nesse sentido, o RS apresenta uma janela menor em relação à do país, onde metade dos consumidores começa a pesquisar com mais de 60 dias de antecedência. “Isso representa uma oportunidade estratégica para o varejo intensificar ações nas semanas que antecedem a data”, observa Pioner.

Equilíbrio nos canais de compra

A Black Friday 2025 no RS deve ser marcada por uma pesquisa bastante equilibrada entre os canais de compra. As lojas físicas têm uma pequena margem à frente, com 40,2%. Já os sites das lojas têm 39,7%, com os comparadores de preço registrando 39,4% e o Instagram, 23,5%. O levantamento confirma, ainda, que esse equilíbrio se mantém para efetivar a compra, com peso semelhante entre comércio local (54,6%) e e-commerce (53,9%). “Isso mostra como físico e digital têm a mesma relevância, reforçando a necessidade de integração”, diz Pioner. Para o pagamento, a forma preferida é o cartão de crédito, com 43,3% das citações. O Pix aparece com 27,3%, o que sinaliza para a importância de o varejo apresentar ofertas exclusivas para pagamento instantâneo.

Em um recorte dentro dos diferentes públicos compreendidos pela pesquisa, cinco perfis comportamentais foram detalhados. Nesse sentido, há os jovens, digitais e influenciados por redes sociais; os adultos (30 a 54 anos), com maior poder de compra e foco em valor; e os com mais de 55 anos, que demonstram preferência por lojas físicas e pagamento à vista. Ainda, por gênero, a pesquisa mostrou que as mulheres pesquisam em mais canais e gastam mais, enquanto os homens buscam tecnologia e compram mais itens.

“A Federação reforça que a Black Friday será um momento para fortalecer a confiança do consumidor e impulsionar o desempenho das lojas. Nosso compromisso é apoiar o varejo gaúcho com informação qualificada, orientação estratégica e incentivo à inovação, para que o setor aproveite plenamente o potencial deste período”, comenta Pioner.

Também nesse sentido, a Federação está investindo em um instituto de indicadores para oferecer aos lojistas e a imprensa gaúcha dados e pesquisas estaduais sobre intenção de compra e outros indicadores econômicos