O mês de novembro foi o segundo do ano de 2022 ter um revés na geração de empregos, igualando o mês de março neste quesito. Ainda assim a queda em março, com menos 126 empregos foi bem maior do que o saldo negativo de 42 em novembro. Os dados constam no mais recente boletim do Observatório da Economia (Oecon) do Centro da Indústria, Comércio e Serviços, divulgado neste mês.
Conforme o estudo, o setor da indústria foi quem mais contribuiu para tal quadro, fechando com saldo negativo de 120 vagas – pior desempenho do ano. Construção civil também teve desempenho negativo (-10). Por outro lado, serviços (+58) e comércio (+32) ajudaram a contrabalançar os dados negativos, mas não foram suficientes para impedir que o montante fechasse no azul. “Novembro apresentou em Bento Gonçalves o menor volume de admissões e também de demissões, devido principalmente às reduções na indústria”, observa Fabiano Larentis, membro do Oecon e autor do boletim.
Na indústria, as maiores baixas foram percebidas nos segmentos de borrachas e plásticos (-34) e de móveis (-31), que juntos responderam por mais da metade dos desligamentos. As maiores contratações no setor ficaram com a área de produtos alimentícios (+27), enquanto as maiores altas no comércio e nos serviços foram registradas, respectivamente, nos supermercados (+27) e nos transportes terrestres (+26). Mas não foi apenas em Bento Gonçalves que a indústria sofreu recuo nas contratações. Nos contextos nacional e estadual o setor também sofreu. No país, o saldo ficou em -25,7 mil vagas e no Estado, -1.430.
Mesmo com o saldo negativo em Bento Gonçalves, o município segue entre os 15 que mais geraram oportunidades de emprego no Rio Grande do Sul em 2022. Entre janeiro e novembro, a cidade criou 1,6 mil vagas, obtendo o 15º melhor desempenho no Estado.
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Outros assuntos a respeito do mercado de trabalho de Bento Gonçalves, tendo os números do Novo Caged como base, podem ser lidos no anexo.
Boletim Emprego OECON-CICBG n. 30 – janeiro 2023
Fonte: Exata Comunicação
