
O dólar fechou em expressiva queda nesta terça-feira (17), a R$ 4,94, a maior desde agosto do ano passado, e terminou abaixo da marca psicológica de R$ 5,00 pela primeira vez em quase duas semanas, com operadores embarcando numa onda de vendas da moeda norte-americana com aval do exterior, onde ativos de risco brilharam em meio a notícias em várias frentes que ofereceram alívio após dias de instabilidade.
O dólar renovou a mínima do dia depois das falas iniciais do chefe do banco central norte-americano, Jerome Powell, e, ainda que tenha tomado algum fôlego posteriormente, manteve firme baixa até o fim do pregão à vista.
Powell disse que o banco central dos Estados Unidos “continuará insistindo” em apertar a política monetária até ficar claro que a inflação está arrefecendo. “Se não virmos isso, teremos de considerar agir de forma mais agressiva para apertar as condições financeiras”, acrescentou.
Ainda assim, a leitura é que as declarações não trouxeram muitas novidades. “O mercado até podia esperar uma possível surpresa no tom, mas que não veio”, disse Cleber Alessie, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM, lembrando que, dessa forma, o mercado teve caminho livre para seguir no modo risco ativado, conforme verificado desde cedo.
Previsões animadoras de empresas dos EUA e o otimismo em relação à flexibilização da repressão chinesa ao setor de tecnologia e à Covid-19 ajudaram a elevar o apetite direcionado a ativos de risco desde o começo do pregão.