Apesar da crise e da elevação no custo das matérias-primas o segmento teve ano positivo, mas preocupação impera
O presidente do Simmme, Sindicato das Indústrias Metal, Mecânicas e de Material Elétrico, Juarez José Piva, avaliou como conturbado, porém positivo o ano de 2020 para o setor que o sindicato representa em Bento Gonçalves. Segundo informou, os dois últimos meses de 2019 já haviam sido positivos e os dois primeiros do ano passado continuaram indicando crescimento. “Aí veio a pandemia e tivemos uma queda entre 25 e 30% nos meses de abril e maio”. Depois, impulsionados pelo dinheiro injetado com o auxílio emergencial a recuperação veio e ficou e ainda continua em viés de alta neste início de 2021..
Há um porém: “a partir de setembro começou uma nova pandemia, a dos reajustes sistemáticos das matérias-primas. Foram aumentos mensais que continuam até hoje e pouco podemos fazer”. Segundo explica Piva, ficou inviável importar aço plano pelo preço do dólar seja pelas taxas aduaneiras. Como no Brasil existem apenas dois fornecedores (CSN e Usiminas), o preço subiu.
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“Infelizmente os grandes players internacionais não quiseram se instalar no Brasil. Investir aqui é uma aposta arriscada, não há segurança de regras. Aí ficamos na mão de apenas dois fornecedores”.
Sobre o ano de 2021, Piva diz que ser incerto e que por enquanto as vendas acontecem. “!Mas todas as empresas colocaram em seu planejamento estratégico o “risco pandemia”, que pode ser o risco, crise de petróleo, paralisação de caminhões, mudanças de regras, enfim qualquer tipo de ruptura na normalidade nos trará perdas”.
O presidente do Simmme diz que só existem dois caminhos para a economia não sofrer: a vacina e reformas políticas e econômicas. “Dizem que temos um Congresso mais propenso a aprovar as reformas necessárias, mas eu desafio a mês mostrarem qual foi a reforma aprovada nestes dois anos”, desafia.
