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Polo moveleiro de Bento Gonçalves fecha em retração de 3,5% 

Sindmóveis encontra no ambiente político interno e no cenário externo – onde a queda foi de 25% - as explicações para o resultado negativo

Polo moveleiro de Bento Gonçalves fecha em retração de 3,5% 

Polo moveleiro de Bento Gonçalves fecha em retração de 3,5% 
Sindmóveis encontra no ambiente político interno e no cenário externo – onde a queda foi de 25% – as explicações para o resultado negativo

 Com base em dados da Secretaria da Fazenda (Sefaz), do portal Comex State e de análises de mercado, o Sindmóveis projeta que o faturamento gerado pelas mais de 300 indústrias da região encerre o ano com retração nominal de 3,5% em relação a 2021, ficando em torno de R$ 3.1 bilhões. Ainda assim, esse desempenho é 40% maior do que o registrado em 2020 e 55% acima de 2019 (ano que antecedeu a pandemia).

O resultado traduz de maneira correta aquilo que a entidade havia previsto ao final do primeiro semestre por conta da instabilidade política e econômica global, que poderia causar às empresas e agora a previsão se confirmou. O Sindicato das Indústrias de Móveis de Bento Gonçalves engloba ainda as empresas de Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul e Santa Tereza com mais de 300empresas e 6.400 empregos.

O presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini, explica que possivelmente a principal razão para a queda de receita foi o mercado externo, cujas vendas de janeiro a novembro deste ano apresentaram retração superior a 25%. “Atualmente a exportação é uma frente de atuação muito importante para as indústrias do polo, principalmente para o setor não se tornar dependente das condições que o mercado interno impõe. Acontece que países como Chile, Peru e Reino Unido, que são grandes compradores dos nossos móveis, enfrentaram períodos turbulentos em 2022 e reduziram bastante suas compras. Infelizmente toda a cadeia produtiva acaba sentindo esses efeitos de algum modo”, ressalta.
 
Benini pondera que a base de comparação é muito alta, visto que o ano de 2021 teve índices atípicos de crescimento no faturamento e nas exportações. “Passado o pico do Covid, que levou muitas pessoas a ficarem em casa e comprar móveis, o mercado mostra que está se reacomodando. Mais uma vez os empresários vão ter que estudar desafios, buscar parcerias, inovar processos e produtos, enfim, fazer a lição de casa para garantirem a solidez dos seus negócios”, comenta.
 
DE OLHO EM 2023
As estimativas para 2023 ainda não são exatas, pois muito dependerá das ações do novo governo. Expansão do crédito, taxas de juros mais competitivas e redução do desemprego são fatores que podem reaquecer as vendas no mercado interno. Para as exportações, espera-se que os países se reequilibrem para comprar em maior volume. De todo modo, a tendência é que o primeiro semestre seja estável para o setor moveleiro, com possibilidade de reação no segundo semestre.
 
Um dos motivos para o otimismo é a realização conjunta das feiras Fimma e Movelsul, que reunirão cerca de 500 marcas expositoras dos mais diversos segmentos da cadeia de madeira e móveis. O evento ocorrerá de 28 a 31 de agosto, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, atraindo visitantes de todo o país e do exterior em busca de bons negócios.
 
O POLO EM NÚMEROS
Empresas: mais de 300
Empregos: 6.646
Faturamento parcial (janeiro a outubro de 2022): R$ 2,6 bilhões
Faturamento total 2021: R$ 3.226.214.516,51
Faturamento total 2020: R$ 2.231.166.429,91
Faturamento total 2019: R$ 2.012.624.917,76
Volume parcial de exportações (janeiro a outubro de 2022): US$ 44,8 milhões
Total de exportações em 2021: US$ 75,1 milhões

FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA
FOTO : REPRODUÇÃO E-MOBILE