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Pesquisa indica leve queda no endividamento das famílias gaúchas

O estudo também indica redução no número de famílias com contas em atraso, que passou de 25,4% em julho para 24,4% em agosto

Foto: José Cruz / Agência Brasil
Foto: José Cruz / Agência Brasil

A Fecomércio-RS divulgou nesta semana os resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento apontou que 85% das famílias endividadas em agosto de 2025, uma pequena queda em relação a julho, quando o percentual era de 85,3%. Os dados foram coletados em Porto Alegre nos últimos dez dias de julho.

O estudo também indica redução no número de famílias com contas em atraso, que passou de 25,4% em julho para 24,4% em agosto, mantendo-se abaixo do observado em agosto de 2024 (39,1%). Já o tempo médio de atraso nos pagamentos aumentou ligeiramente, de 31,4 para 32,6 dias, valor praticamente em linha com o registrado em agosto do ano passado (32,8 dias).

Entre os entrevistados, 2,6% afirmaram não ter condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas nos próximos 30 dias, percentual levemente inferior ao de julho (2,7%) e menor que o de agosto de 2024 (3,7%). Entre as famílias endividadas, a parcela da renda comprometida com dívidas permaneceu praticamente estável em agosto, em 29,1%, ante 29,0% no mês anterior, e superior aos 28,1% registrados no mesmo período do ano passado. O tempo médio de comprometimento com dívidas caiu ligeiramente, de 7,0 para 6,9 meses, mas segue acima do nível registrado em agosto de 2024 (6,7 meses).

Para Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, os números revelam que “apesar de menos famílias estarem endividadas e inadimplentes, aquelas que permanecem nessa condição enfrentam dívidas longas e com peso relevante no orçamento. Com uma política monetária restritiva por um período bastante prolongado, a capacidade de pagamento das famílias pode ficar cada vez mais limitada”.

O levantamento da PEIC-RS reforça a importância de acompanhamento constante do endividamento familiar, especialmente em períodos de ajustes econômicos e alta da taxa de juros.